Sérgio Gwercman, diretor de redação
Desde o início de julho, a SUPER tem uma nova Diretora de Arte. Alessandra Kalko assumiu o cargo após ter começado sua carreira aqui mesmo nesta revista e depois dirigido com sucesso a Women’s Health e a Mundo Estranho. A Ale é uma das designers mais talentosas que eu conheço. Tem bom gosto, ideias criativas, rigor visual. E tem também uma identificação natural com a SUPER: é apaixonada pelo que chamamos de design de informação – a busca por imagens que não apenas facilitem a leitura e embelezem as páginas mas agreguem informação às reportagens.
Há, porém, algo de mais legal na chegada da Alessandra: ela é a primeira mulher a ocupar esse cargo. E já estava mais do que na hora. A SUPER, afinal, é uma revista em que praticamente 50% dos leitores são mulheres (é gente suficiente para nos colocar entre as maiores revistas femininas do Brasil, veja só). E esse número comprova algo óbvio, mas que muitos esquecem: as mulheres dos nossos dias continuam vaidosas, como todas as mulheres sempre foram. Mas a vaidade delas não está somente na aparência. Elas querem se sentir bonitas, mas também inteligentes. Querem saber mais, querem crescer e vencer. Cuidam do corpo e da cabeça com a mesma dedicação. Não me surpreende, portanto, que elas gostem tanto de ler a SUPER.
Nunca estive no time dos que acreditam que o gênero, o credo ou a cor de pele de alguém possa torná-lo melhor ou pior. Ao contrário: acho que uma pessoa deve ser julgada apenas por suas virtudes e por seus defeitos. Pela primeira vez, uma Diretora de Arte terá essa oportunidade na SUPER. Parabéns para ela.
Um grande beijo.