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Do que são feitos os autobronzeadores?

Para simular a cor do verão, os autobronzeadores fazem muitas vítimas: são capazes de matar peixes, piolhos e bactérias.

Por Nathália Braga
Atualizado em 9 fev 2018, 16h39 - Publicado em 9 jan 2011, 22h00

Diidroxiacetona

Basta um punhado de açúcar para falsificar um bronzeado. A diidroxiacetona é um açúcar no sentindo químico do termo (ou seja, parente daquele que usamos no café), formado pela fermentação de glicerina por uma bactéria. Ela reage com a queratina da pele, gerando um polímero marrom chamado melanoidina. Onde houver queratina esse ingrediente deixa um bronzeado – até mesmo em unhas, pelos e tecidos naturais, como a seda.

Fenoxietanol

Um veneno para peixinhos. É um álcool que serve como anestésico, porque interfere no funcionamento de neurotransmissores – por isso, é usado em tratamentos para animais. Em doses fortes, vira um recurso para sacrificar peixes doentes. Nem pense em provar o gosto do autobronzeador (nem mesmo pra ver se é doce). Isso deixaria seus lábios e sua língua anestesiados. No autobronzeador, a função dele é evitar a reprodução de micro-organismos que podem entrar no produto.

Miristato de isopropila

Agradeça a esse remédio contra piolho se seu bronzeado ficar uniforme. Sem ele, você acabaria parecido com um dálmata. O miristato deixa o autobronzeador mais hidratado e fácil de espalhar, o que garante que você consiga esparramar bem o creme por todo o corpo. Mas contra os piolhos o miristato é fatal: desidrata a película que recobre o corpo desses insetos, contendo a infestação.

Glicerina

É essencial dar uma ensebada na pele pra que a cor do bronzeado falso dure. Daí a glicerina – e haja sebo de boi ou óleo de palma pra produzi-la. A glicerina ajuda a reter água na pele e a mantê-la hidratada. E, quanto menos desgastada sua pele estiver, mais tempo dura o bronzeado artificial – no máximo 14 dias por vez que você usar o produto.

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Os polêmicos: metilparabeno e propilparabeno

A dupla de parabenos tem o mesmo trabalho do fenoxietanol: proteger o produto de micro-organismos e conservá-lo. Mas sua presença em cosméticos tem sido cada vez mais contestada. Estudos científicos já relacionaram os parabenos à formação de células cancerígenas, o que gerou uma onda mundial de boicote a esses compostos. No entanto, não houve ainda uma comprovação definitiva dessa relação, e os parabenos seguem como conservantes aceitos por órgãos reguladores como a Anvisa, dentro de concentrações estipuladas.

Fontes: Johnson & Johnson (fabricante da loção Sundown Gold autobronzeadora); André Rolim, (Ciências Farmacêuticas – USP); Angel Lizárraga (Associação Brasileira de Cosmetologia); Fernando Dutra (Química – Universidade Cruzeiro do Sul); Ipupo Consultoria em Desenvolvimento Cosmético; Biotec Dermocosméticos; Maria Inês Harris (Conselho Regional de Química); Orlando dos Santos (Farmácia – Universidade Federal de Ouro Preto); Sybelle Okuyama (Farmácia – PUC – Paraná).

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