Clique e Assine SUPER por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Como funciona uma escavação arqueológica

Indiana Jones só explora ruínas acessíveis e intactas, mas os arqueólogos reais não esperam tanto - raspas e restos lhes interessam, e a maior parte do trabalho é entre quatro paredes

Por Thais Sant'Ana
Atualizado em 31 out 2016, 18h49 - Publicado em 24 jun 2010, 22h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • 1. Escolher e colher
    Após pesquisa a distância e in loco, uma área é pré-selecionada. São retiradas pequenas amostras do solo (ver quadro Ferramentas). Se forem encontrados resquícios, vira sítio arqueológico.

    2. Enquadrado
    O sítio é topografado (medem-se largura, comprimento e altura) e repartido em quadras – como um enorme papel quadriculado. As quadras, limitadas por barbantes, servem para marcar o endereço dos achados.

    3. Caixa de areia
    O número de arqueólogos não é preestabelecido, e eles podem cuidar de uma ou mais quadras. Tampouco há funções específicas: todos põem a mão na massa. Quando não sobra mais nada para escavar, o sítio costuma ser coberto de novo com terra.

    4. Exames de teses
    Cada mês em campo resulta em cerca de 6 meses no laboratório: todo o material (pedras, adereços, ossos etc.) é limpo e analisado. É nessa etapa que teorias sobre o passado são confirmadas ou caem por terra.

    5. Quantos anos?
    Determinar a idade dos registros é fundamental. Em amostras orgânicas, ela é determinada pela quantidade de carbono 14; em não-orgânicas, mede-se o quanto da radioatividade que o objeto adquiriu na superfície ainda permanece nele.

    Continua após a publicidade

    Ferramentas
    Existem ferramentas específicas para cada etapa da escavação, indo das mais potentes às mais delicadas.

    Especialistas
    O grupo costuma incluir especialistas: em uma aldeia pré-histórica, paleontógos; em ruínas romanas, historiadores do período. Podem ser chamados geólogos, médicos, tudo depende do foco da pesquisa.

    Referência na área
    O coordenador do grupo, um arqueólogo mais experiente, escolhe o lugar a ser escavado e determina a profundidade das quadras. Geralmente tem um auxiliar para documentar todo o progresso da escavação.

    Mais embaixo
    A parte mais superficial do solo é retirada com pás e colheres de pedreiro, até que surjam os primeiros vestígios arqueológicos. Uma trena ajuda a marcar a profundidade.

    Continua após a publicidade

    Frágil
    Peças delicadas são descobertas com pincel. Fragmentos são peneirados.

    Retratos da vida
    Tudo é fotografado, onde surge e depois de recolhido. Documentadas, as peças seguem para o laboratório, acompanhadas de etiquetas que informam a quadra e a profundidade onde foram encontradas.

    Fontes Eduardo Góes Neves e Eduardo Tamanaha, do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, Sociedade de Arqueologia Brasileira e Iphan

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 9,90/mês*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 14,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.