No teto da Capela Sistina, em Roma, Ele tem a forma de um senhor barbado e grisalho, de corpo musculoso e rosto sereno que transmite a segurança e a autoridade de quem sabe que está acima de tudo. Já em rituais xamânicos de origem indígena, Sua força se manifesta nas plantas e nos animais e pode ser sentida por todos aqueles que mantêm relações com a natureza. Para 750 milhões de hindus, não há um só, mas vários Deles: Brahma, Shiva e Krishna, só para ficar nos mais famosos.
Não importa como é retratado, se como homem, luz ou apenas uma energia que emana sobre nós, o fato é que Deus está presente em quase todas as culturas do planeta. Em diferentes religiões e crenças, é freqüente a idéia da existência de uma força maior que ajuda os homens a se guiarem, seja nesta ou em outras vidas.
Durante séculos, na sociedade ocidental, Deus foi apresentado como o único responsável pelo sucesso da aventura humana na Terra. Até que a ciência começou a duvidar disso. Por volta de 1860, Charles Darwin e suas teorias da seleção natural e da evolução das espécies lançaram as primeiras dúvidas sobre a criação divina. A partir daí, cientistas começaram a negar à fé e à religião a possibilidade de explicar sozinha todos os fenômenos naturais. No século 20, filósofos como Nietzsche, Marx, Freud e Sartre chegaram a propor a “morte de Deus” e o início de uma “era da razão”. A idéia levanta polêmicas até hoje no mundo inteiro, mas não conseguiu diminuir a fé das pessoas, que passa atualmente por um processo de revitalização, até mesmo entre cientistas. Se Deus existe ou não, abe a cada um decidir. A pergunta é, no entanto, tão interessante que um inusitado estudo matemático foi realizado há menos de 10 anos na tentativa de respondê-la. Em The Probability of God (A Probabilidade de Deus), o físico inglês Stephen Unwin revela que, segundo seus cálculos, Deus tem 67% de chances de existir!
Na obra, Unwin mostra com equações como chegou a essa conclusão, baseando-se para isso no chamado cálculo bayesiano, que começa com uma probabilidade de 1 para 1 e, depois, vai somando as evidências contra ou a favor da afirmação inicial. Ajudar os pobres? Ponto para o mundo onde Deus existe. Assassinos em série e políticos do mal que roubam de pobrezinhos? Hum, talvez Deus seja apenas imaginação de alguns… e por aí vai. O curioso é que o livro vem acompanhado de várias planilhas de Excel para que o leitor vá colocando suas respostas. Se o físico Stephen Unwin é doido ou oportunista, não vem ao caso. Mas não deixa de ser mais um jeito bastante interessante de continuarmos a refl etir a respeito de uma das mais intrigantes questões humanas.
10 deuses que povoam a cultura pop
Aleister Crowley
Escritor e mago ocultista nascido em 1875. Seu legado foi inspiração para os Beatles, Raul Seixas e toda uma geração de artistas da chamada era lisérgica dos anos 60.
Charles Manson
Apadrinhado dos Beach Boys, foi líder espiritual de uma seita macabra que conduziu jovens para o assassinato da atriz Sharon Tate, em sua própria casa, em 1968.
Che Guevara
Braço-direito de Fidel Castro na Revolução Cubana de 1959, transformou-se ironicamente em uma badalada fi gura pop.
Elvis Presley
Maior ícone pop do século 20. Até hoje os fãs questionam sua morte nebulosa.
James Dean
Ícone do cinema, fez apenas 3 filmes. Morreu em 1955, mas sua imagem rebelde e sedutora se mantém atual até hoje.
Jimi Hendrix
Santidade da guitarra dos anos 60, sua figura era hipnótica e ainda hoje seu experimentalismo com a música negra ocupa uma posição de vanguarda no rock.
John Lennon
Anos depois de dizer que os Beatles eram mais famosos que Cristo, ele virou uma espécie de messias de um ideário pacifi sta.
Malcom X
Combativo líder negro americano, pregava a união radical contra a opressão social branca. Foi assassinado em 1965.
Maradona
Herói do futebol argentino, sua carreira é cheia de conquistas e eventos trágicos.
Marilyn Monroe
Seu charme, pernas e filmes fizeram da sex symbol a maior estrela de Hollywood.