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O aeroporto do futuro

Detector de metais? Raio X? Alfândega? Você ainda vai ter saudade dessas coisas

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h47 - Publicado em 30 nov 2008, 22h00

Texto José Sérgio Osse

Viajar de avião, principalmente para os EUA, está cada vez mais difícil. Além de filas e atrasos, é preciso passar por uma verdadeira maratona: esvaziar os bolsos, tirar os sapatos, passar no detector de metais, raio X, alfândega, imigração… Um saco. Mas promete ficar muito pior. O governo americano está desenvolvendo um sistema de segurança ainda mais rigoroso, que deixa os passageiros pelados e mede características corporais dos turistas, do batimento cardíaco à temperatura do rosto. As suas malas serão grampeadas e, enquanto computadores tentam avaliar o seu grau de nervosismo, você vai levar um raio laser no peito. Tudo isso em um só “túnel da verdade”, que todos os passageiros terão de atravessar.

As tecnologias podem parecer futuristas demais, mas já existem – e uma delas, o raio X nudista, já está sendo usada em aeroportos dos EUA. Tudo com o objetivo de evitar atentados terroristas. “Nossos inimigos querem fazer algo mais devastador que o 11 de Setembro”, afirma Jay Cohen, diretor de tecnologia do Department of Homeland Security (DHS) ­­– braço do governo que cuida da segurança nos aeroportos. Segundo as autoridades, o túnel da verdade é preciso: seus computadores são capazes de dizer, com 78% de acerto, se alguém está nervoso ou mentindo. Mas especialistas apontam problemas. O que acontecerá, por exemplo, se as pessoas estiverem cansadas, agitadas ou estressadas – serão consideradas terroristas por causa isso? “Eles [o DHS] andam vendo muitos filmes de ficção científica”, debocha o especialista Peter McOwan, da Universidade de Londres.

Caminho da verdade

O que os turistas vão enfrentar nos aeroportos dos EUA

Bagagem grampeada

Como funciona – A mala vai receber uma etiqueta do tipo RFID (Radio Frequency Identification), que contém um pequeno transmissor. Sensores espalhados pelo aeroporto captam os sinais dele, permitindo saber onde a bagagem está. Só não se esqueça de arrancar a etiqueta quando chegar ao destino – ou você poderá ser monitorado fora do aeroporto.

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Análise de microexpressões

Como funciona – As imagens captadas pelas câmeras do aeroporto serão analisadas por um computador capaz de identificar as chamadas microexpressões – expressões faciais involuntárias e imperceptíveis a olho nu, que duram frações de segundo e revelam o que a pessoa realmente está sentindo (um tique no nariz, por exemplo, indica raiva).

Termografia facial

Como funciona – Os aeroportos terão sensores infravermelhos capazes de medir a temperatura do seu rosto – que aumenta quando você está nervoso. No exemplo acima, a cor roxa em volta dos olhos indica que eles estão muito quentes (e, portanto, o sujeito provavelmente está escondendo alguma coisa).

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Laser cardíaco

Como funciona – Agora é hora de tomar um tiro de laser no peito. Calma, você não vai morrer. É um laser de baixa potência, refletido para um sensor que consegue calcular o movimento do seu tórax – e, com isso, deduzir qual é a sua freqüência cardíaca. Se o seu coração estiver batendo muito rápido, você pode ser chamado para um interrogatório.

Raio X indecente

Como funciona – Ao contrário dos raios X tradicionais, que atravessam o corpo, este aqui (que se chama backscatter) usa radiação de baixa potência: 500 vezes menos que uma máquina de hospital. A radiação não penetra no corpo, mas é refletida pela pele. Com isso, os funcionários do aeroporto conseguem ver você nu – e saber se está escondendo algo sob a roupa.

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