Enquanto não estava escrevendo complicadíssimas equações, Albert Einstein, o gênio da Física, empregava o tempo escrevendo cartas de amor à primeira mulher, Mileva Maric. Recentemente editada em livro nos Estados Unidos, essa correspondência faz parte das centenas de documentos deixados pelo cientista, que vêm sendo paulatinamente publicados. As revelações surpreendem. Mostram um homem apaixonado e sensual, que sentia falta da mulher e lhe escrevia: “Foi tão bonita a última vez, quando você aconchegou sua pequena e querida pessoa ao meu corpo, de uma forma tão natural”. Mileva, colega de Einstein na universidade e física como ele, sentia que os conhecimentos que trouxera da distante província da Sérvia onde nascera limitavam suas chances profissionais. Não bastante isso, havia também o lado emocional. Antes de se casarem (em 1903), Mileva engravidou e, insegura de si e de seu lugar na vida do cientista, deu em adoção a filha ilegítima, Liserl. As cartas terminam com Einstein trabalhando na Suíça e Mileva grávida de novo, escrevendo-lhe. Mas ele a tranqüiliza: “Não estou bravo porque minha pobre Dollie está chocando um novo pintinho. […] Além de tudo, não se pode negar que é um direito de toda mulher”. O casal, teve dois filhos, separou-se em 1914 e em 1919. Einstein se casou com a prima EIsa Lowenthal.