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Sono: quando os olhos se fecham

Você passa um terço da sua existência dormindo. É o tempo que o seu cérebro necessita para colocar a casa em ordem.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h47 - Publicado em 1 Maio 1998, 22h00

Carlos Dias

Os golfinhos dormem com apenas um hemisfério do cérebro de cada vez. Enquanto um repousa, o outro dá plantão, assumindo as tarefas da vigília. Já com o ser humano, o sono é implacável.

Quando chega a hora, um grupo de neurônios no tronco cerebral desencadeia uma série de estímulos que atingem primeiro a região próxima à testa, responsável pela atenção. Em seguida, esses estímulos se espalham pelo resto do córtex, ordenando que é hora de o corpo parar. Só o corpo. O cérebro aproveita, então, para trabalhar com sossego. Os batimentos do coração se tornam mais lentos e a pressão sangüínea cai.

Dividido em estágios, o sono tem múltiplas utilidades. Ele relaxa os músculos cansados e estimula a secreção do hormônio do crescimento –que, nos adultos, serve para a regeneração dos ossos. Outra função importante é construir a memória. “É quando o cérebro faz uma revisão dos arquivos”, explica o neurologista Rubens Reimão, do Hospital das Clínicas de São Paulo. “Ele reorganiza as informações e deleta o que não interessa.” Isso se faz durante os sonhos, que só ocorrem numa fase do sono chamada REM –sigla em inglês de Rapid Eye Movement, ou “movimento rápido dos olhos”.

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“O sol nos queima, pisamos sobre espinhos, nossos pés sangram, nosso peito ofega. Horror, se o caminho estivesse à nossa frente indiviso, sem meta provisória. Quem teria força de segui-lo até o fim? Mas a noite está intercalada no caminho da paixão da vida. Cada dia tem sua meta: com um crepúsculo verde, espera-nos um bosque onde o musgo macio consola nossos pés, onde o frescor delicioso rodeia nossa testa com a paz do lar e braços envolventes. Com a cabeça pendendo para trás, com lábios abertos e olhos cerrando-se felizes, entramos na sua deliciosa sombra.

Thomas Mann (1875-1955)

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Doce Sono. Ensaios, São Paulo, Perspectiva, 1988

Quem sabe é super

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Quando alguém fica muito tempo acordado, o cérebro é a única parte do corpo afetada. O sistema nervoso perde a coordenação e podem surgir alucinações. A falta de sono mata mais depressa do que a falta de comida.

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