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Uma bolsa que se carrega no bolso

Um curioso jogo de investimentos, que exige apenas papel e lápis

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h51 - Publicado em 28 jul 2009, 22h00

Luiz Dal Monte Meto

As Bolsas de Valores têm sido fator de inspiração permanente para os criadores de jogos do mundo todo. Seu clima frenético, sempre exagerado pelos meios de comunicação, associado à incerteza inerente à sua natureza, são um prato cheio para a imaginação dos jogadores de qualquer nacionalidade. Assim, não é de estranhar que o tema esteja também representado na categoria dos jogos para papel e lápis, isto é, aqueles desenvolvidos para serem jogados só com esses componentes. Um bom exemplo é o Bolsa, de Eric Solomon, um dos grandes criadores de jogos dessa modalidade. Embora um de seus produtos – o caixa negra, produzido pela extinta fábrica Coluna nos idos de 1980 – já tenha sido comercializado no Brasil, ele permanece desconhecido por aqui.

Bolsa é para três ou mais participantes. Cada qual deve estar munido de lápis ou caneta e uma folha de papel quadriculado (na sua falta, pode-se usar qualquer outro). Todos devem reproduzir em sua folha o esquema da página seguinte. No começo da partida, cada um tem uma quantidade de dinheiro igual ao número de jogadores multiplicado por dez (no exemplo, estamos admitindo três pessoas, portanto, todos iniciam com $30 dinheiros, a unidade monetária dos ludômanos). Esse valor deve ser inscrito na linha caixa, no cruzamento com a coluna do primeiro turno de jogo.

Em seguida, cada – qual escreve em segredo os números de 0 a 9 na linha oferta, na ordem que quiser. Depois, faz o mesmo na linha demanda. É importante observar que a ordem não precisa ser a mesma nas duas linhas. No começo da partida, ninguém tem ações, por isso todos escrevem 0 na quadrícula estoque relativa ao primeiro turno. Uma partida de bolsa consta de dez turnos. Em cada um, há primeiro uma fase de compra, depois, uma de venda. Nela, os jogadores negociarão as ações por preços fixados por eles mesmos, como veremos a seguir.

Na fase de compra, cada jogador deve escrever a quantidade de cotas de ações que deseja comprar e qual preço está disposto a pagar por elas (unitariamente), nas linhas cotas e preço, respectivamente. Observe que o preço tem de ser menor que dez. Depois que todos escreveram, revelam seus números de oferta para o primeiro turno, que são somados para definir o número de ações a venda naquele turno. Todos o escrevem na linha oferta total. Então, o jogador que propôs o mais alto preço compra o número de cotas que queria, pelo preço que ele mesmo fixou. Para registrar isso, põe os novos valores para caixa e estoque, nas linhas 8 e 9.

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Agora, é a vez daquele que deu o preço imediatamente mais baixo fazer a sua compra, repetindo o procedimento, e assim por diante, até que todos tenham comprado quanto queriam, ou até que a quantidade da oferta total acabe. Se dois ou mais derem o mesmo preço, eles compram as quantidades desejadas, se houver o suficiente; caso contrário, compram o mesmo número, dentro do limite máximo da oferta total. Se depois disso sobrarem ações, o próximo continua normalmente. Se um jogador não puder comprar tanto quanto queria, por falta de ações, compra apenas o que restou, logicamente pagando apenas pelo que conseguiu.

Terminada a fase da compra, passa-se à da venda. Agora, todos escrevem em segredo, na linha 11 (cotas), quantas cotas de ações pretendem vender e, na linha 12, o preço por cota (sempre menor que dez). Depois, revelam simultaneamente suas anotações. Todas as demandas são somadas e o resultado é inscrito na linha demanda total. Então, aquele que propôs o menor preço por cota, vende primeiro suas ações, pelo preço proposto e no limite da demanda total. As vendas prosseguem segundo a ordem dos preços cada vez mais altos. Tal como na fase anterior, se dois ou mais jogadores deram o mesmo preço, podem vender tudo que queriam, desde que haja demanda suficiente; caso contrário vendem a mesma quantidade, no limite da demanda total.

Se houver um resto de demanda, o próximo pode atendê-la, vendendo pelo preço que estipulou. Após preencherem suas linhas 14 com o número de cotas vendidas, cada um calcula qual seu novo estoque (linha 9 menos linha 14) e sua nova caixa (linha 14 multiplicada pela linha 12, mais linha 8). O novo estoque é transferido para a linha 2 e a nova caixa para a linha 1, ambas na coluna do segundo turno. Toda essa rotina – muito mais fácil de seguir do que de explicar – é repetida por dez turnos, ao final dos quais será vencedor aquele que tiver conquistado o maior valor em caixa.

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