Velocidade eletrifica carros de corrida
O atrito com o ar produz cargas elétricas na superfície do metal.
Por que carros de Fórmula 1 correm risco de pegar fogo durante o abastecimento nas corridas?
Com a alta velocidade, o atrito do carro com o ar arranca cargas negativas (elétrons) dos átomos que estão na superfície do metal. O veículo fica, então, com cargas positivas (prótons) sobrando, que podem se transformar em faísca a qualquer momento. Se isso acontecer durante o abastecimento, a faísca fará com que o combustível incendeie. Mas existem meios para evitar esse perigo.
Antes de começar a corrida são instaladas no chão do box pequenas chapas flexíveis de cobre, metal condutor de eletricidade. “Elas retiram as cargas positivas da lataria”, explica o engenheiro mecânico Carlos Funes, comissário técnico-chefe do Grande Prêmio de Fórmula 1 do Brasil e da Argentina. Quando o carro passa, as placas esbarram no chassi e absorvem as cargas positivas, passando-as para o solo, que tem cargas negativas sobrando. Na verdade, as placas funcionam como um fio terra. Livre das cargas excedentes, o carro pode ser abastecido com segurança. Hoje, a maioria das equipes usa esse sistema.