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A maturidade do Homem de Ferro – SUPER entrevista Robert Downey Jr.

Foi na pele do Homem de Ferro que Robert Downey Jr. conseguiu se reafirmar como astro de Hollywood. Agora, no terceiro filme da série, Downey conta como ele e o herói estão envelhecendo juntos

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h52 - Publicado em 2 jul 2013, 22h00

Elaine Guerini

Foi na pele do Homem de Ferro que Robert Downey Jr. conseguiu se reafirmar como astro de Hollywood, depois de uma fase turbulenta marcada por problemas com drogas e com a Justiça. Agora, no terceiro filme da série, Downey conta como ele e o herói estão envelhecendo juntos

Qual o desafio de interpretar um super-herói? Ainda mais neste caso, em que Tony Stark se parece com você – já que seu passado de abusos ecoa com o do personagem.
Para mim, é sempre muito fácil encarnar qualquer tipo espertalhão (risos). Mas isso era mais verdade há uns cinco anos e não tanto agora. Ainda assim, interpretar um personagem apontado como uma extensão de si mesmo faz você meditar sobre as suas falhas de caráter, o que é bom. É engraçado como a minha mulher [a produtora Susan Downey] sempre sabe se estou num dia mais para Tony Stark ou para Sherlock Holmes. Quando lhe perguntam “Quem ele está encarnando hoje?”, ela geralmente responde “Tony Stark. Tome cuidado!”

Homem de Ferro foi o papel que marcou o seu retorno ao cinema, deixando para trás a imagem de ator desajustado.
Homem de Ferro me beneficou tremendamente. Nesse negócio competitivo que é o cinema, eu fui o meu maior impedimento para avançar e estar sempre satisfatoriamente remunerado. Sem dúvida, Homem de Ferro foi o que me ajudou a me reerguer profissionalmente. E eu tive a sorte de recuperar a minha posição sem ter de sacrificar o meu prazer. Gosto de atuar e sinto que ainda tenho muito a contribuir.

Qual a maior fraqueza de Tony Stark e qual a sua?
A maior fraqueza de Tony é o narcisismo. No meu caso, quanto mais realista eu fico, mais preciso aprender a gerenciar a vida, que é difícil e repleta de coisas que nos dão medo. É como acordar de manhã, tomar um café e, de repente, ter algum pensamento ruim que estraga todo o seu dia. Não que eu tenha flashbacks intrusivos ou psicóticos. É apenas uma dificuldade para controlar a ansiedade, algo que ninguém pode fazer por mim.

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É daí que vem a sua vontade de fazer papéis tão intensos?
Não sei. Talvez isso venha mesmo do fato de eu não saber gerenciar muito bem a ansiedade. Mas hoje eu estou muito mais calmo. É importante aceitar que, ao se preocupar muito com uma determinada coisa, você está quase orando para que ela aconteça. Já as coisas ruins e inevitáveis, como a morte, eu sinto que é melhor ficar em paz com a ideia de uma vez.

O que dá mais trabalho? Um papel de ação ou um personagem sofrido?
Talvez um papel de ação, principalmente quando você se julga capaz de fazer uma acrobacia de que não é. Durante as filmagens de Homem de Ferro 3, eu não quis ensaiar um salto onde eu estaria preso a cabos. Simplesmente achei que, por estar filmando tanta ação, eu tinha me tornado um ser indestrutível (risos). Mas eu tenho 47 anos. Como qualquer idiota, quis pular sem rede de segurança. Todos foram contra e com razão. Eu me dei mal e nós tivemos de interromper as filmagens por seis semanas. Machuquei feio o meu tornozelo. E como doeu…

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