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As ações das exposições

O índice que define matematicamente se um mestre da pintura está por cima ou por baixo no mundo das artes plásticas.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h50 - Publicado em 30 jun 2006, 22h00

Daniel Machado

Reza a lenda que Pablo Picasso pagava suas contas nos cafés parisienses com desenhos feitos nos guardanapos. Certa vez, o garçom teria reclamado: “Senhor Picasso, não está assinado!” E o pintor: “Eu estou pagando o jantar. Não estou comprando o restaurante”. Picasso não estava longe da verdade: só para dar uma idéia, seus quadros movimentaram 153 milhões de dólares nos leilões em 2005. Mas como diferenciar o desenho que vale um banquete do que não paga nem um cafezinho? Para responder a essa pergunta, o alemão Marek Claassen se inspirou nas bolsas de valores e criou um ranking disponível na internet (www.artfacts.net), que indica a cotação de mais de 48 mil artistas. O critério para o posicionamento é a fama: quando um trabalho é exposto em mostras ou museus, o artista ganha pontos. Em teoria, a popularidade se reflete, cedo ou tarde, em maiores cifras nos leilões. Muitos críticos não gostaram, e viram no ranking só uma maneira ingênua de julgar as sutilezas das artes plásticas. Mas Claassen se defende: “Meu objetivo não é fazer crítica de nenhum artista. Quero só mostrar como as coisas funcionam nesse meio”.

Gênios em desfile

O sobe e descedos pincéis e desuas cotações
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Pablo Picasso (1881-1973)

Seus números distorcem qualquer perspectiva. Presente em 108 coleções públicas do mundo, é líder isolado há 3 anos. Bom na fama, bom na grana: em maio, o seu retrato Dora Maar com Gato foi vendido por 95,2 milhões de dólares.

Andy Warhol (1928-1987)

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Não pintava – deixava isso para os auxiliares – mas, quando o critério é fama, nem isso atrapalha o rei da arte pop. Mesmo em 2º no ranking, movimentou 86 milhões de dólares em 2005 (2,1% do mercado mundial).

Joan Miró (1893-1983)

Em 1998, defendia a 122ª colocação. No ano seguinte, suas cores vibrantes ganharam o mundo, foram para 18 exposições de destaque, e ele, lá para o 11º lugar. Hoje está em 9º e, aos poucos, o mercado se dá conta. Peça já o seu!

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Marc Chagall (1887-1985)

Em 2001, as telas do pintor russo estavam em 11 exposições, incluindo museus badalados, e lhe garantiam um bacana 42º lugar. Depois sumiu e caiu para 74º, mas continua com bons preços em seus quadros. Vende, vende, vende!

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