Asimov em dose dupla
Crônicas da Fundação, Editora Record, Rio de Janeiro, 1992 Cronologia das ciências e das descobertas, Editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 1993
Isaac Asimov
Os admiradores de Isaac Asimov, o mais popular escritor de ficção científica deste século, não têm do que reclamar. Há dois novos livros do autor nas livrarias. O primeiro é o romance Crônicas da Fundação, terminado pouco antes de sua morte, em abril de 1992, encerrando assim a série Fundação iniciada há quase cinqüenta anos. Perigo, intriga e suspense recheiam o relato da segunda metade da vida do personagem central Hari Seldon – aqui, no auge de sua criatividade -, que luta para aperfeiçoar a revolucionária teoria da psico-história e dessa forma assegurar a sobrevivência da humanidade: a Fundação. O segundo é a Cronologia das ciências, e das descobertas, lançada quase simultaneamente ao romance. Trata-se de uma enciclopédia de ciência em que o autor relata, ao longo de mais de 1000 páginas, 4 milhões de anos de invenções científicas e descobertas – das cavernas às conquistas espaciais – com muitos exemplos e histórias curiosas. Ao fim de cada ano, um pequeno apêndice resume também os mais importantes acontecimentos econômicos e políticos no mundo. A obra traduzida agora para o português foi publicada nos Estados Unidos em 1989. Por isso, a cronologia terminou em 1988. Uma pena, pois fatos relevantes para a ciência nos últimos cinco anos ficaram de fora. É o caso do registro feito pelo satélite COBE, em 1992. Trata-se da foto mais precisa que já se obteve até agora da origem do Universo.