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“Coiote vs. ACME”: o filme completo da Warner que provavelmente nunca será lançado

O novo filme, finalizado no ano passado, vai ser arquivado indefinidamente como um jeito de poupar US$ 30 milhões em impostos.

Por Leo Caparroz
Atualizado em 16 fev 2024, 09h14 - Publicado em 15 fev 2024, 18h33

Anunciado em 2018, “Coiote vs. ACME” seria um novo filme da Warner Bros., que misturaria live action e animação – no mesmo estilo de Space Jam. Na trama, o personagem Coiote, conhecido pela sua caçada contra o Papaléguas, decide entrar com uma ação judicial contra a ACME, a empresa que vende as parafernalhas defeituosas que ele usa.

Depois de anos em produção e US$ 70 milhões investidos, o filme estrelado por Will Forte, John Cena e Lana Condor foi concluído. Contudo, em novembro de 2023, a Warner decidiu que ele seria arquivado – ou seja, não chegaria aos espectadores.

“Com o relançamento da Warner Bros Pictures Animation em junho, o estúdio mudou sua estratégia global para focar em lançamentos no cinema”, disse a empresa em um comunicado. “Com esse novo rumo, tomamos a difícil decisão de não avançar com Coiote vs Acme. Temos um enorme respeito pelos cineastas, elenco e equipe técnica, e somos gratos por suas contribuições para o filme.”

Não é a primeira vez que a empresa faz isso – um filme da Batgirl, com as filmagens já feitas, foi cancelado anos atrás. O motivo é o mesmo: declarar que a produção não gerou nenhum lucro – e, assim, aliviar o imposto de renda que o estúdio paga ao governo americano. No caso de Coiote vs. Acme, a estimativa é de uma economia de US$ 30 milhões. A empresa afirma que o filme não era forte o suficiente para ser lançado nos cinemas e não se enquadrava na estratégia de streaming.

As exibições-teste do filme já estavam em andamento, com resultados favoráveis para um filme do gênero e críticas iniciais com notas altas. Sua estreia havia sido programada para julho de 2023 – no lugar de Barbie.

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Tanto Batgirl quanto o filme do Coiote tinham sido aprovados pelo executivo da Warner Jason Kilar. Kilar deixou a empresa em 2022 e seu sucessor, David Zaslav, decidiu pelo corte das produções – segundo rumores, ele não teria nem assistido a Coiote vs. Acme.

Depois do anúncio do engavetamento do filme, e da má recepção da notícia pelo público, outras empresas tentaram comprar a produção. Netflix, Amazon e Paramount chegaram a enviar ofertas – e até propostas de lançamentos em cinemas. Contudo, a Warner pedia algo em torno de US$ 75 a US$ 80 milhões, e não respondeu às tentativas de negociações.

Por enquanto, o filme segue com futuro incerto.

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