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Como ler “Guerra e Paz” e outros clássicos da literatura russa?

Tem medo de encarar calhamaços de mil páginas? Não sabe por qual autor começar? A gente te mostra o caminho.

Por Rafael Battaglia
Atualizado em 11 nov 2021, 19h13 - Publicado em 16 jul 2021, 15h45

Contexto histórico

Ilustração de Napoleão Bonaparte.
(Nicole Janér/Superinteressante)

Para não cair de paraquedas nas histórias – ficar boiando desanima num livro de mil páginas –, leia sobre a época em que elas se passam. As Guerras Napoleônicas, a Revolução Comunista e o fascínio da burguesia pela cultura francesa marcaram os autores russos dos séculos 19 e 20.

Comece devagar

Ilustração mostrando vários livros empilhados, de várias grossuras diferentes.
(Nicole Janér/Superinteressante)

Se você não está habituado a calhamaços, começar com Guerra e Paz não rola. Aqueça com contos (como O Nariz, de Nikolai Gogol) ou novelas (A Morte de Ivan Ilitch, de Liev Tolstói), que são mais curtos.

Vale também focar nos períodos históricos que te interessam: se seu negócio é Revolução Russa, por exemplo, uma boa é Doutor Jivago, de Boris Pasternak.

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Casos de família

Ilustração mostrando um livro aberto com uma árvore genealógica saindo de dentro dele.
(Nicole Janér/Superinteressante)

As histórias russas podem assustar pela quantidade de personagens ou pelos seus nomes complicados. Anote conforme eles forem apresentados ou use um guia de personagens disponível na internet. Não tenha medo: é um grau de complexidade parecido com o de série épica da Netflix. 

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Escolha a edição

Ilustração mostrando dois olhinhos observando 3 livros, cada um com um balãozinho de fala saindo de dentro deles e contendo as bandeirinhas da França, do Brasil e da Rússia.
(Nicole Janér/Superinteressante)

Antigamente, costumava-se traduzir obras russas indiretamente, usando edições francesas. Hoje, dá para escolher boas traduções diretas do russo, que preservam o conteúdo original. Notas de rodapé, apêndices e listas de personagens complementam (e facilitam) a leitura.

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Leia as russas

Nem só de homens vive a literatura russa: busque autoras como Nadiêjda Khvoschínskaia, a mais antiga traduzida no Brasil e cujo livro, A moça do internato, faz um retrato detalhado sobre como era ser mulher na sociedade russa do século 19.

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Escritoras contemporâneas também são uma boa pedida, como Liudmila Petruchévskaia (Era uma vez uma mulher que tentou matar o bebê da vizinha e outros contos) e Svetlana Aleksiévitch, vencedora do Nobel de Literatura em 2015. Jornalista, Svetlana é, na verdade, bielorrussa, mas sua obra traz importantes relatos detalhados e críticos à antiga União Soviética. O seu livro mais famoso é Vozes de Chernobyl.

Domine os nomes

Todo nome russo tem três partes. A do meio, denominada patronímico, se refere ao pai. Um exemplo: Vladímir (prenome) Ivánovitch (“filho de Ivan”) Golovin (sobrenome). 

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O patronímico termina, normalmente, em -ovitch, -evitch ou -itch para os homens e em -ievna, -ovna ou -itchna para as mulheres. O sobrenome também pode mudar conforme o sexo.

Em conversas informais, os patronímicos são reduzidos: Nikolaievitch, por exemplo, vira Nikolaitch. E há apelidos, como Vova para Vladímir. Saber disso ajuda a navegar pelos livros.

Para saber mais, leia o livro que inspirou este manual: Como ler os russos, de Irineu Franco Perpétuo.  

Fontes: Raquel Toledo, mestre em literatura russa pela USP; livro Como ler os russos (Todavia), de Irineu Franco Perpetuo, e site Russia Beyond. Agradecimento: Giuliana Viggiano.

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