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Como vai ser o primeiro Super Mario para iPhone

Você vai controlar o Mario com um dedo só - mas a Nintendo promete que você não vai se enjoar do jogo.

Por Ana Carolina Leonardi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 8 dez 2016, 13h51 - Publicado em 8 dez 2016, 13h43

Quando a Nintendo resolveu abraçar o mercado gigantesco dos smartphones, teve que se perguntar o mesmo que a Disney ao fazer Star Wars VII: como apresentar uma franquia amada a uma audiência nova sem estragar a experiência para os fãs antigos? O resultado dessa pergunta foi a criação de Super Mario Run, o aplicativo para iPhone que vai ser lançado no dia 15 de dezembro. E nós te contamos o que esperar da experiência.

Uma mão só
Controlar Mario vai ser bem mais simples do que nas outras plataformas. A ideia da Nintendo foi criar um desafio que pudesse ser jogado com uma mão só, mais adequado para as telinhas do iPhone. Isso significa que Mario agora corre sozinho: o papel do jogador é controlar os diferentes tipos de saltos do personagem. É a lógica que estamos acostumados para outros apps. Só um toque é um pulinho, um toque mais longo é um pulo mais alto.

Se até agora parece que este vai ser só mais um app de “corrida sem fim” como Temple Run e Subway Surfers, vamos com calma. O modo de jogo é simples, mas cheio de camadas.

Gameplay

Em cada nível, você precisa levar Mario até a bandeira de chegada, como sempre. Ele corre da esquerda para direita, pulando obstáculos… Mas eles não estão sempre na sua frente.

Acertando só o timing do toque na tela com um único dedo, você precisa escalar paredes e planejar cada salto. Nos mais difíceis, inclusive, a Nintendo incluiu pequenos blocos que desaceleram o personagem para que você tenha tempo de calcular.

Neste caminho, você vai encontrar os adversários de sempre, como Boos, Koopas e Goombas, mas não é só dos inimigos que vêm a nostalgia do jogo.

Múltipla personalidade

Ao contrário de outras versões da franquia, no Run você vai poder trocar o personagem com quem joga. Mas não é uma escolha apenas estética: Luigi, Yoshi, Toad e outras figuras familiares vão sendo desbloqueadas em partes específicas do jogo. Além disso, a Nintendo promete que cada personagem tem características próprias e vai ser preciso se adaptar à forma de jogar com cada um.

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Segredinhos

Os níveis secretos e rotas alternativas já clássicos de Super Mario também aparecem no app. Assim, mesmo que o jogo principal seja bem direto, o usuário ainda tem espaço para explorar – em alguns níveis, por exemplo, passar para a próxima etapa exige que o usuário acerte qual a porta correta a atravessar, sem nunca parar de correr.

Três modos

Ao contrário de outros jogos de corrida, o Super Mario Run vai ter três modos diferentes de jogo. O World Tour é a corrida comum, na qual você cumpre objetivos e captura moedas. Neste modo, você também pega itens chamados “Tickets de Rally”.

O Toad Rally é o segundo modo de jogo, em que você desafia outros jogadores. Você escolhe um nível e joga individualmente, dá o seu melhor, tentando acertar todos os pulos. O outro jogador faz a mesma coisa e quem tiver o melhor desempenho ganha. Mas o interessante é que, como mostra o vídeo abaixo, o outro jogador aparece na sua tela também, deixando que vocês acompanhem as acrobacias um do outro em tempo real.

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O terceiro modo de jogo é o Kingdom Builder. Lá, o jogador constrói seu reino, usando as moedas conquistadas no jogo. Pode decorá-lo como quiser e seu mundo vai sendo povoado por alguns personagens. Mas os objetos que você escolhe para o seu reino não são completamente decorativos: alguns deles dão acesso a novos personagens ou níveis bônus. Escolha com sabedoria.

Volta aqui

Vencer um nível, como no videogame tradicional, não é dar fim a ele. Algumas moedas coloridas, que se afastam da rota mais simples no game, dão acesso a outra versão do mesmo nível, só que mais difícil. Lá dentro, mais moedas coloridas desbloqueiam mais uma dificuldade: e com elas, a habilidade dos seus dedos para fazer acrobacias tem que ficar cada vez mais refinada.

Essa alternativa foi colocada no aplicativo pelos programadores porque ajuda os níveis a serem acessíveis ao enorme público de smartphones sem deixar o jogo bobo para quem já está acostumado com Super Mario em outras plataformas.

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Caro, mas só uma vez

Na maioria dos jogos gratuitos para celular, todas as decorações e ferramentas extras custam moedas virtuais , que por sua vez custam dinheiro de verdade. A Nintendo quis evitar esse modelo de jogo. O aplicativo vai ser lançado em uma versão demo e uma versão completa.

O demo dá acesso a três níveis dos modos World Tour e Rally. Para ter acesso aos demais, é preciso pagar US$ 9,99. O preço é bastante salgado se comparado aos outros aplicativos da App Store, mas a ideia é oferecer um pacote completo a partir de uma única compra. O jogador passa a ter acesso a todos os níveis e a todos os itens dentro da loja do jogo gastando apenas a energia dos seus dedos, porque as moedas do jogo são aquelas conquistadas nas partidas.

Na próxima semana, o jogo vai ser lançado exclusivamente para iPhone. O lançamento para Android só deve vir em 2017. Mas, até lá, já teremos informações suficientes para saber se a Nintendo conseguiu superar o grande desafio das franquias consolidadas: torná-la moderna sem estragar a essência que tornou Super Mario um dos videogames mais amados do mundo.

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