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“O homem mais importante da história”, diz Christopher Nolan sobre Oppenheimer

O diretor explora a mente do criador da bomba atômica em seu novo filme. Confira a entrevista sobre Oppenheimer, que estreou dia 20 de julho.

Por Maria Clara Rossini
Atualizado em 25 jul 2023, 13h50 - Publicado em 20 jul 2023, 15h39

“Goste ou não, J. Robert Oppenheimer é a pessoa mais importante que já viveu. Ele fez o mundo em que vivemos hoje, para o bem ou para o mal. E sua história deve ser vista”.

Essa é a visão de Christopher Nolan sobre o pai da bomba atômica. A declaração está no material de divulgação de seu novo filme, Oppenheimer, que estreou dia 20 de julho nos cinemas.

A Super foi para Nova York conversar com Nolan sobre as motivações por trás da obra e detalhes técnicos da produção. Confira a entrevista abaixo.

Pergunta: Para você, o que é mais fascinante sobre a história de Oppenheimer?

Christopher Nolan: Primeiramente, eu sempre estou procurando por uma história dramática, algo que realmente te envolve. Já faz alguns anos que eu conheço a história de Oppenheimer. E o que mais me fisgou foi o momento em que ele e outros cientistas do Projeto Manhattan imaginaram a possibilidade de que a primeira bomba atômica causasse uma reação em cadeia com a atmosfera – o que destruiria o mundo. Mesmo assim, eles foram lá e apertaram o botão. Esse me pareceu um momento singular e dramático da história da humanidade que merecia ser explorado em um filme.

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Ao ler American Prometheus [livro sobre a história de Oppenheimer, que inspirou o filme], percebi que essa é a história mais dramática que já encontrei, com muitas reviravoltas, suspense e estranhas coincidências. Eu sempre me atraí por protagonistas com camadas, ambíguos e humanos. A história de Oppenheimer é definida por falhas e ambiguidades.

Pergunta: Qual é a relevância do filme no momento presente?

C. N.: Quando se trata de armas nucleares, há momentos na história em que esquecemos da ameaça delas. Elas não foram embora, elas não se tornaram menos perigosas. Essa é uma das razões pelas quais eu fiz esse filme. É algo que me toca emocionalmente, e  que torna a história tão poderosa.

Pergunta: Você escolheu não usar computação gráfica na cena de detonação da primeira bomba atômica. Como ela foi gravada?

C.N.: A segunda pessoa para quem mostrei o roteiro do filme [depois da produtora Emma Thomas] foi Andrew Jackson, meu supervisor de efeitos visuais – que também fez Tenet e Dunkirk comigo. Eu disse logo que não queria usar imagens geradas por computador (CGI). Apesar de ser uma técnica versátil e flexível, ela parece mais segura. Para o espectador, é difícil sentir a ameaça real na imagem.

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Então, começamos a experimentar com técnicas analógicas [Nolan não revela quais, para não comprometer a experiência os espectadores]. Outra coisa que eu disse para ele é que eu queria ver o que Oppenheimer via; o que ele visualizava quando ia dormir e pensava em átomos, forças e moléculas; o poder destrutivo da bomba. Então ele começou a trabalhar com métodos experimentais ao lado de Scott Fisher, supervisor de efeitos especiais.

(Nolan faz um parênteses aqui: “efeitos visuais é o que você faz na pós-produção, geralmente com computação gráfica. Efeitos especiais é o que você faz no dia de gravação – seja chuva, neve ou uma explosão”)

Além disso, acho que muito da tensão dessa cena está no rigor dos detalhes. Eles pesquisaram a bomba em si – a maneira que foi montada e como foi transportada. Eu recebi todos esses detalhes para construir a tensão da cena baseada em precauções da vida real.

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