Quando o naturalista inglês Charles Darwin publicou, em 1858, seu célebre Sobre a origem das espécies por meio da seleção natural, amargou uma enxurrada de críticas antes de ser finalmente aplaudido. Em sua defesa saiu Thomas Henry Huxley (18251895), considerado o melhor botânico, zoólogo e geólogo da Inglaterra. Classificando o livro como o mais importante instrumento que chegara às mãos dos homens desde que Isaac Newton publicara os Principia no fim do século XVII, Huxley explicou os ataques a Darwin com o seguinte raciocínio: “(O livro) foi mal recebido pela geração a que primeiro se destinou e é triste pensar na série de irritados disparates a que deu origem. Mas a próxima geração provavelmente se comportará tão mal como essa se aparecer outro Darwin e lhe impuser o que a espécie humana mais detesta: a necessidade de rever suas convicções.