Playlist: 5 coisas para ler, ouvir e jogar em setembro
Um delator da Ditadura, o novo Zelda, um LP feito de plástico do oceano, o simulador de apocalipse – e a ciência do narcisismo
A vez de Zelda
Apesar do nome, os games da franquia Zelda têm outro protagonista: o herói Link, cuja missão é resgatar a princesa. Mas, neste jogo de ação, os papéis se invertem – é ela quem assume a dianteira, encarando inimigos e puzzles para tentar salvar Link.
The Legend of Zelda: Echoes of Wisdom. Lançamento dia 26/9, para Switch. R$ 299.
O som do plástico
Em 2013, o estudante holandês Boyan Slat criou o The Ocean Cleanup, um projeto que recolhe o lixo plástico de rios e oceanos – e já capturou quase 16 mil toneladas. Agora, Slat forneceu material para produzir uma edição especial do novo LP do Coldplay: 70% do vinil (que é um tipo de plástico) usado no disco foi pescado em rios na Guatemala e em Honduras.
Moon Music – Notebook Edition Ecorecord. 50 euros (coldplay.com).
A nova ciência do narcisismo
Quando as pessoas saem de férias, não tiram fotos dos lugares que visitaram para se lembrar deles depois; fazem selfies, que postam para aumentar seu capital social. Muito do que é dito, feito ou consumido é assim, calculado para obter engajamento nas redes sociais. Neste livro o psicólogo W. Keith Campbell, da Universidade da Geórgia, mostra como o mundo virou uma distopia narcísica – e como se libertar dela.
O frio do apocalipse
Uma catástrofe climática arrasou a humanidade, e agora os sobreviventes tentam criar uma nova sociedade usando os poucos recursos que sobraram. Eis a premissa deste game, uma espécie de SimCity apocalíptico no qual você é o líder supremo – e tem de gerenciar problemas como a escassez de alimentos e combustíveis, o frio extremo e os conflitos sociais.
Frostpunk 2. Lançamento dia 20/9, para PlayStation, Xbox e PC. R$ 120 (grátis para assinantes do serviço Game Pass).
Cachorros - a história do maior espião dos serviços secretos militares
“Eu sou do SNI, e queria falar com você”, disse um homem a Severino Deodoro de Mello enquanto ele andava na Rua Barata Ribeiro, em Copacabana, no dia 10 de maio de 1966. Era um agente do Serviço Nacional de Informações, órgão de espionagem da Ditadura Militar. Sua missão era recrutar Severino, militante comunista. Neste livro, o jornalista Marcelo Godoy conta como Severino aceitou – e contribuiu para dezenas de prisões ilegais, sequestros e assassinatos cometidos pelo Estado.