Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Quando aprendemos a ser modernos

O livro inclui algumas das peças mais antologizadas do modernismo nacional.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h59 - Publicado em 31 jul 2001, 22h00

Jerônimo Teixeira

O cronista Otto Lara Resende certa vez disse que o Brasil entrou no século XX com 30 anos de atraso. Não estava falando só da revolução que conduziu Getúlio Vargas ao poder. Antes disso, em Belo Horizonte, a fictícia Editora Pindorama publicava, em tiragem de 500 exemplares, um livro cujo título modesto mal deixava prever a importância capital que teria para a literatura brasileira: Alguma poesia.

Passados mais de 70 anos, o livro de estréia de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) ainda cala fundo na ambígua e indecisa modernidade brasileira. “No elevador penso na roça, / na roça penso no elevador”, diz o poeta. O barulho vanguardista da Semana de Arte Moderna de 1922 ecoa no verso livre, na ironia com que são tratadas as convenções poéticas, na recusa da rima que não é solução, no humor ligeiro de poemas como “Política literária”. Mas Drummond reinaugurou a poesia brasileira moderna. Sem Alguma poesia, o Brasil teria menos a dizer sobre o século que passou.

O livro inclui algumas das peças mais antologizadas do modernismo nacional: “Poema de Sete Faces”, “Infância”, “Quadrilha”, “Cidadezinha Qualquer”. E, claro, o escandaloso “No Meio do Caminho”. A Editora Record, antecipando-se às comemorações do centenário de Drummond, em 2002, está relançando toda a obra do poeta. Alguma poesia já está nas livrarias, com uma nova capa. Aliás, esse livro septuagenário continua sendo, ainda e sempre, novo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.