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Tecnologia e educação

Artigo de Roberto Leal Lobo e Silva Filho, reitor da USP, em que analisa a tecnologia brasileira e diz que os obstáculos ao desenvolvimento tecnológico do Brasil estão ligados à má qualidade de educação do povo.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 19h01 - Publicado em 1 fev 1991, 00h00

Roberto Leal Lobo e Silva Filho

O homem moderno certamente não está disposto a abrir mão das muitas vantagens proporcionadas pela tecnologia, embora – e cada vez mais – o mau uso dela venha sendo denunciado e, através de acordos supranacionais, controlado. É inegável, porém, que ninguém deseja, hoje em dia, abandonas a utilização de metais, ligas metálicas, polímeros, semicondutores etc., que já fazem parte do cotidiano do homem civilizado.
A tecnologia passa por cima até mesmo de ideologias. Por exemplo, uma pessoa que trabalhe em uma mina de extração mineral prefere, sem dúvida, apertar os botões que movimentam robôs nas galerias subterrâneas a trabalhar nelas em condições precárias de iluminação e ventilação, preocupando-se pouco com o fato de a mina ser propriedade pública ou privada. 

É pra o bem-estar do ser humano que a tecnologia deve ser dirigida
Para um país conseguir desenvolver-se tecnologicamente, o problema fundamental é o da educação de seu povo. Nosso país por uma profunda crise educacional, não só do ponto de vista do conteúdo ensinado, como do ponto de vista estrutural. Essa má qualidade do ensino reflete-se diretamente nas reflete-se diretamente nas relações de trabalho. O salário do nosso operário é baixo, insuportavelmente baixo, comparando com os países do Primeiro Mundo, mas sua produtividade insatisfatória impede que esse salários possam ser reajustados em níveis compatíveis com a dignidade do trabalho humano. Formam-se poucas pessoas no segundo grau, poucos atingem a universidade e quase ninguém se forma em escolas técnicas de nível intermediário – secundário ou pós-secundário –, criando uma lacuna gravíssima no mercado de trabalho de nosso país. Seria preciso multiplicar as escolas de nível mais técnico para as pessoas que desejassem seguir profissões ligadas ao setor industrial, abandonando nossa mentalidade bacharelesca de que só através do ensino universitário clássico se formam pessoas capacitadas ao exercício profissional na sociedade moderna.

 

 

 

 

 

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