Uma história escrita por todo mundo
Releia trechos da entrevista de Henry Jenkins, autor do livro Cultura de Convergência
Texto Inara Chayamiti
O pesquisador Henry Jenkins defende que, cada vez mais, as histórias serão contadas em diversas mídias – e até pelo público. É o que ele chama de cultura de convergência, que dá nome a um de seus livros. Conheça um pouco de suas ideias nesta seleção dos melhores trechos da entrevista que a SUPER publicou em março:
O que é a cultura da convergência?
É vivermos em um mundo em que toda história que é contada a alguém passa por diversos veículos, como TV, cinema, celular, internet, videogames. E em que o fluxo dessa história é moldado tanto por decisões tomadas pelas companhias que produziram o conteúdo quanto pelos indivíduos que o recebem.
Como isso funciona na prática?
O conteúdo idealizado pelo produtor é hoje só uma parte do processo, e não o principal. Se você cria um programa de TV, sabe que ele vai ser reeditado e redistribuído pela internet, que as pessoas vão falar sobre isso em fóruns de fãs, vão escrever elas próprias novas histórias em cima da trama. O conteúdo original se tornou apenas o pontapé inicial, a partir do qual o consumidor vai criar novas experiências.
Qual o melhor exemplo dessa tendência?
A série Lost. Desde o começo, o programa já previa a difusão da sua trama por várias plataformas. Não por coincidência, é considerada a série mais famosa da década.