Genghis Khan construiu um dos maiores impérios de todos os tempos: ele reuniu um exército com os habitantes de mais de 20 000 tribos nômades e estendeu os domínios mongóis da China até a região do Mar Adriático, na Europa Central. Os grandes feitos do velho conquistador estão refletidos na riqueza e esplendor da cultura mongol nos séculos XII e XIII. E chegaram até o século XIV, com seu neto Kublai Khan.
Mais de 700 anos depois, é possível fazer uma viagem no tempo e ver de perto o fausto que caracterizou essa época. O Museu de História Natural, em Nova York, trouxe para os Estados Unidos, mais de 200 peças para a mostra “Impérios além da Grande Muralha: a herança de Genghis Khan”. A exposição vai até 27 de novembro. São pratos ornamentais, vasos de ouro e prata, armas de bronze, tecidos estampados com ouro, porcelanas, porta-jóias e documentos – muitos deles descobertos recentemente e expostos pela primeira vez no ocidente.
Uma das maiores atrações da exposição é uma reprodução em tamanho natural de um afresco encontrado na tumba de um nobre mongol. Outra curiosidade é uma pequena tijela do século XIII. Segundo os relatos do viajante veneziano Marco Polo, que percorreu toda a Ásia nos séculos XIII e XIV esse tipo de caçamba em concha era exatamente o usado nos palácios de Genghis Khan e de seu neto para tirar vinho dos grandes jarros de cobre.
A mostra vai mais longe na origem da civilização chinesa: traz ainda peças do primeiro e do segundo milênios antes de Cristo. São, ao todo, mais de 3 500 anos de história.