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Adolescentes encontram em Israel moedas de ouro com 1.100 anos

Dentro de um vaso estavam 425 moedas de ouro puro – uma quantia suficiente para comprar uma casa de luxo na época.

Por Carolina Fioratti
Atualizado em 25 ago 2020, 19h33 - Publicado em 25 ago 2020, 19h27

No exterior, é comum que jovens utilizem suas férias de verão para fazer trabalhos voluntários. Foi pensando nisso que dois adolescentes de Israel resolveram aproveitar esse período para ajudar arqueólogos em uma escavação. Eles só não esperavam encontrar uma antiga fortuna sob seus pés. 

Dentro de um vaso de cerâmica escondido no solo estavam 425 moedas de ouro puro (de 24 quilates), somando um tesouro de 845 gramas. Na cotação atual, essa quantia valeria cerca de R$ 291 mil reais – valor que não é de se jogar fora. 

As moedas datam do século 9, mais especificamente do período do Califado Abássida. Califado é a forma islâmica monárquica de governo, em que os chefes de estado deveriam ser sucessores de Maomé. Os abássidas, no caso, eram descendentes de Abas ibne Abdal Mutalibe, o tio mais jovem do profeta.

De acordo com Robert Kool, especialista em moedas de Israel, o tesouro era formado por dinares de ouro (unidade monetária do mundo islâmico) e outros 270 pequenos fragmentos desses dinares, que eram partidos para serem usados como uma espécie de troco. Ele explica que o dono dessa quantia “poderia comprar uma casa luxuosa em um dos melhores bairros de Fustat, a enorme e rica capital do Egito naquela época”.

Dinar de ouro da época do Califado Abássida. (Wikipédia/Wikimedia Commons)

E quem guardou as moedas sabia disso, já que fez questão de pregar (sim, com um prego) o recipiente recheado de grana para que não se movesse. Por alguma ocorrência do destino, o antigo milionário nunca voltou para buscar sua riqueza. 

Liat Nadav-Ziv e Elie Haddad, diretores da escavação, explicaram que “encontrar moedas de ouro, certamente em quantidade tão considerável, é extremamente raro. Quase nunca as encontramos em escavações arqueológicas, visto que o ouro sempre foi extremamente valioso, derretido e reutilizado de geração em geração.”

O achado pode trazer ainda algumas explicações históricas. Uma das moedas no meio do tesouro era um fragmento de um soldo de ouro cunhado em Constantinopla na época do imperador bizantino Teófilo. Isso representa uma evidência material das conexões entre os dois impérios rivais neste período.

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