A partir do século 19, os núcleos urbanos de vários países começaram a receber mais pessoas vindas do campo, atraídas pelo processo de modernização que tivera início no século anterior com a Revolução Industrial. Essa expansão das cidades, porém, não veio acompanhada de um desenvolvimento social justo e igual para todos. A propriedade, os meios de produção e o capital concentravam-se nas mãos de poucos, enquanto a imensa maioria só contava com sua força de trabalho. Chegavam às cidades sem ter onde se hospedar e começaram a pagar uma certa quantia do que ganhavam para os donos de prédios que os aceitavam como moradores. A esse vínculo, em que uma das partes se obriga a ceder à outra mediante pagamento o uso de um imóvel, deu-se o nome de aluguel. O locador (ou senhorio) é aquele que cede o bem mediante pagamento ao locatário (ou inquilino). O direito à habitação é amparado por legislações nacionais e internacionais, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
O cortiço está entre as mais pobres moradias de aluguel. Uma pesquisa constatou que, na cidade de São Paulo, 170 mil famílias ainda vivem nessas habitações miseráveis.