PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Assírios

Os inventores do exército profissional, com divisões especializadas e tropas que jamais se desmobilizavam

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h16 - Publicado em 11 fev 2013, 22h00

Tiago Cordeiro

O primeiro grande império da história foi deles. Originários do norte da Mesopotâmia (região que hoje corresponde ao Iraque), os assírios começaram a expandir seus domínios a partir do primeiro milênio antes de Cristo. E chegaram a controlar uma vastidão territorial que ia até o Egito. O segredo? Um exército profissional, que também foi o primeiro de que se tem notícia. Entre os séculos 9 a.C. e 6 a.C., praticamente todos os povos vizinhos conheceram – em maior ou menor grau – a força dessa máquina de guerra. “Os assírios inventaram o exército hierarquizado e com divisões especializadas, composto por homens dedicados exclusivamente a lutar por seu povo”, diz Karen Radner, professora de História Antiga da University College London, na Inglaterra. O rei em pessoa era o general supremo – e encarava o campo de batalha.

Os soldados assírios, segundo Karen, eram especialmente bons em pelo menos 3 quesitos: organização, disciplina e brutalidade. Tinham armas poderosas, como carros de guerra puxados por até 4 cavalos e capazes de levar 3 combatentes além do condutor. Quando as carruagens encontravam um rio pela frente, não havia problema: as tropas inflavam balsas feitas com couro de ovelha e faziam a travessia. Nenhum outro povo dispunha de tecnologia parecida. A quantidade de homens também impressionava: no auge, o exército assírio chegou a ser formado por 150 mil guerreiros. Nas maiores batalhas, até 50 mil podiam ser mobilizados.

A Bíblia registra dois grandes conflitos militares contra os israelitas, ambos supostamente ocorridos no século 8 a.C. – época em que os assírios já entravam em decadência (leia mais das págs. 53 e 54). A batalha que marcou o declínio definitivo dessa civilização, no entanto, só seria travada no século 7 a.C. e contra outro povo: os medo-persas. Eles não só derrotaram os rivais em Harã, no ano de 612 a.C., como aproveitaram o embalo e destruíram sua capital , Nínive.

2 REIS 19:35-36

Ora, nessa mesma noite o anjo do Senhor apareceu no campo dos assírios e feriu 185 mil homens. No dia seguinte pela manhã só havia cadáveres. Senaquerib, rei da Assíria, retirou-se, tomou o caminho de sua terra e deteve-se em Níneve.

Continua após a publicidade

RETAGUARDA
Chamados zuk shepe, os guardas de infantaria formavam as tropas de retaguarda do exército assírio no início do século 8 a.C. Eles não usavam armaduras. Além do escudo, feito de couro com acabamentos de bronze, a única proteção era o capacete de ferro – em forma de cone, para aliviar o impacto de golpes desferidos de cima para baixo contra a cabeça.

LINHA DE FRENTE
Esses eram os soldados mais bem protegidos: usavam armaduras com lâminas de bronze costuradas sobre um colete de couro – novidade introduzida no reinado de Tiglath-Pileser 3º (745 a.C. a 727 a.C.). Os guerreiros da linha de frente geralmente eram integrantes do chamado kisir sharutti: o exército permanente, formado por tropas que jamais eram desmobilizadas.

INFANTARIA
Um pouco mais tarde, por volta de 700 a.C., os soldados de infantaria passaram a proteger os pés usando calçados de couro que lembram sapatilhas de boxe. Outra inovação foi o irtu: um disco de bronze que protegia o centro do peito e era preso sobre a armadura. Além de resistir a golpes de espada e lança, ele dava ao combate uma inigualável sensação de segurança.

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.