Em 1845, o químico alemão Christian Friedrich Schönbein (1799-1868) derramou acidentalmente uma mistura de ácidos nítrico e sulfúrico na mesa de sua cozinha. Usou um avental para limpar a sujeira e pendurou-o sobre o fogão, para secar. Quando o tecido estava quase seco, houve uma pequena explosão.
Schönbein examinou o material e percebeu que a mistura dos ácidos formara uma nova e instável substância, a nitrocelulose. Anunciou a sua fórmula, mas não soube o que fazer com ela.
Dois anos depois, o químico italiano Ascanio Sobrero (1812-1888) combinou a mistura com glicerina e produziu um novo composto, a nitroglicerina. Sem se dar conta da sua periculosidade, resolveu aquecê-lo num tubo de ensaio. O tubo voou pelos ares numa explosão forte o bastante para convencer Sobrero a abandonar as experiências.
De susto em susto, vinte anos depois, em 1867, o químico sueco Alfred Nobel (1833-1896) finalmente patenteou uma forma mais segura de nitroglicerina, em bastões – a dinamite.