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Como eram os primeiros dinossauros

Numa época de imensa proliferação de espécies, eles foram apenas uma modesta adição à biosfera, e nada sugeria que se tornariam os senhores do planeta.

Por Salvador Nogueira
21 Maio 2019, 20h34

Ali pelo final do período Triássico, por volta de 230 milhões de anos atrás, numa região que muito mais tarde seria chamada por certos mamíferos de América do Sul, surgiam os primeiros dinossauros. Uma tradução literal do nome, derivado do grego e do latim, seria algo como “lagartos terríveis” – mais do que apropriado para criaturas como o mais famoso de todos os dinossauros, o temível tiranossauro rex. As origens dessa fascinante linhagem, no entanto, não inspiravam tamanha confiança.

Pegue por exemplo o eoráptor, que viveu há 231,4 milhões de anos, na Argentina. Da ponta do rabo à cabeça, 1 metro de comprimento. Em pé, essa criatura bípede não media mais que 50 centímetros. Trata-se de um excelente exemplo da principal característica que marcou a origem dos dinossauros: eles começaram pequenos, modestos.

Da mesma época é o herrerassauro, outro dinossauro argentino. No comprimento, podia até impressionar, com imponentes 3 metros. Na altura, não muito mais que 1,8 metro. O porte relativamente pequeno é explicado pela grande concorrência por espaço que marcou aquela época.

Além dos dinossauros, várias outras criaturas buscavam seu lugar ao sol. Entre eles, muitos anfíbios, crocodilianos, cinodontes (répteis a meio caminho de se tornar mamíferos) e, correndo por fora, os primeiros mamíferos de verdade, que também surgiram por ali. Um evento marcante – e aleatório – decidiria essa acirrada disputa por dominância.

Plateossauro

Plateossauro
(Michael Rosskothen/Shutterstock)

Conhecido desde o século 19, ele já causou muita confusão. Seu esqueleto é de difícil interpretação, e houve até quem sugerisse que era um quadrúpede, ou que saltasse feito canguru. Análises biomecânicas modernas mostram que ele só podia ser bípede.

O plateossauro chegava a atingir 8 metros de comprimento e podia pesar até 4 toneladas. E, isso tudo, comendo folhas.

Origem bípede

Tudo parece apontar para o fato de que os primeiros dinossauros devem ter caminhado sobre duas patas. E eles evoluíram rapidamente para se dividir em dois grupos, um com uma pélvis (a famosa bacia) que mais lembrava a das aves (os ornitísquios) e outro que tinha essa constituição óssea mais próxima do jeito dos lagartões (os saurísquios).

De forma curiosa, as aves modernas são descendentes desse segundo grupo, mostrando como a seleção natural produz voltas e mais voltas, brincando a esmo com características dos seres vivos. Foi justamente uma dessas idas e vindas que fez com que alguns dos mais famosos dinossauros de épocas posteriores tivessem voltado a uma postura quadrúpede.

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Herrerassauro

Herrerassauro
(Lefteris Papaulakis/Shutterstock)

Com um crânio modesto e uma constituição leve e bípede, o herrerassauro tinha pescoço móvel e uma dentição adequada para dar mordidas mortais em suas vítimas. Fezes fossilizadas indicam que ele provavelmente não comia plantas.

Eoráptor

Eoráptor
(De Agostini Picture Library/Superinteressante)

Versátil, essa criatura provavelmente era onívora, como indicam os dois tipos de dentes que tinha. Os do maxilar superior eram serrilhados como os de um predador, e os do maxilar inferior pareciam melhores para o consumo de plantas.

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