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Como foi tirada a famosa foto de Einstein mostrando a língua?

A foto mais famosa do cientista foi registrada em um contexto muito específico, bem longe dos laboratórios e salas de aula

Por Maria Clara Rossini
14 set 2020, 18h49

Esta é provavelmente a foto que menos representa o trabalho do cientista – no entanto, é de longe a imagem que todo mundo imagina quando pensa em Einstein. Foi ela que consagrou a concepção de “cientista maluco” no imaginário popular, mas nem ao menos foi tirada em um laboratório. Na verdade, Einstein estava saindo de uma festa.

A foto foi tirada no dia 14 de março de 1951, aniversário de 72 anos do físico alemão. Ele acabava de sair de uma comemoração no Princeton Club, que na época era localizado em Nova Jersey. Trata-se de um clube privado (e bem exclusivo) composto quase inteiramente por ex-alunos, professores e pesquisadores da Universidade de Princeton.

Albert Einstein posou para fotógrafos e paparazzis quando saiu da festa, e em seguida andou em direção a um carro acompanhado de Frank Aydelotte, diretor do Instituto de Estudos Avançados dos Estados Unidos, e a esposa do diretor, Marie Jeanette. São os dois que aparecem na foto ao lado do físico.

Como foi tirada a famosa foto de Einstein mostrando a língua?
(Arthur Sasse/Nate D Sanders Auctions/Reprodução)

Como é de se imaginar, Einstein já estava cansado após passar a noite fazendo uma social com os colegas e sorrindo para as câmeras. Mesmo após entrar no carro, o fotógrafo Arthur Sasse, da agência de notícias United Press International (UPI), continuou tentando arrancar um último sorriso do físico. Foi nessa hora que Einstein fez uma das caretas mais famosas da história – e Sasse foi rápido o suficiente para capturá-la.

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A imagem foi veiculada na época e, ao contrário do que se imaginaria de uma celebridade da ciência, Einstein gostou do registro. Ele pediu nove cópias da foto à agência de notícias e retirou os dois outros integrantes da cena. Ele costumava assinar suas imagens e enviá-las de presente para amigos.

Einstein morreu quatro anos após o clique. A foto acima – também assinada pelo cientista – foi leiloada em 2017 por 125 mil dólares, o equivalente a quase 660 mil reais na cotação atual. O físico é a prova de que, além de fazer contribuições incomparáveis para a física, não faz mal ter um toque de bom humor para ficar marcado na história.

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