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Como não escolher um papa

Reinaldo José Lopes Depois de tantas notícias, você já deve saber o que é um conclave e de onde vem esse nome: do latim cum clave, ou seja, “com chave”. Isso porque, lá no século 13, alguém enfiava os cardeais numa sala e metia a chave na porta até que elegessem um papa. Mas, por […]

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Atualizado em 31 out 2016, 18h22 - Publicado em 30 abr 2005, 22h00
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  • Reinaldo José Lopes

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    Depois de tantas notícias, você já deve saber o que é um conclave e de onde vem esse nome: do latim cum clave, ou seja, “com chave”. Isso porque, lá no século 13, alguém enfiava os cardeais numa sala e metia a chave na porta até que elegessem um papa. Mas, por trás dessa porta, as histórias nem sempre foram celestiais. Leia abaixo os episódios mais inusitados dessa instituição milenar.

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    Hora de papar

    Os dez piores momentos na história do conclave

    Nada formoso

    No princípio, não era o conclave: a eleição do papa era manipulada pelas famílias nobres de Roma. Em 897, o pontífice recém-eleito Estevão VI quis se vingar do antecessor e rival, o papa Formoso. Simples: exumou o morto, julgou-o, condenou-o, mandou cortar a mão com a qual ele dava a benção e jogar o resto no Tibre

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    Mau começo

    Em 1241, para forçar os cardeais a parar de enrolar, o nobre romano Matteo Orsini trancou todo mundo no palácio Septizonium. Era o primeiro conclave. Com condições sanitárias precárias e privadas entupidas, um deles morreu. Os prelados correram a eleger o idoso Celestino IV – que também bateu as botas, 17 dias depois

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    De castigo! E sem sobremesa!

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    Em 1274, o papa Gregório X decidiu agilizar os conclaves intermináveis da Idade Média. Nesse ano, ele estabeleceu uma redução progressiva da comida dada aos cardeais conforme a reunião se arrastava – afinal, os chefões da Igreja dessa época não conseguiam passar sem um bom banquete. Mas a regra, claro, foi revogada no pontificado seguinte

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    Vai pro trono

    Durante o Renascimento, o papado atingiu seu ápice cultural – financiando gênios como Michelangelo – e também o fundo do poço moral. O costume de pactos sórdidos para conseguir ganhar o papado tornou-se norma. Segundo o papa Pio II, eleito em 1458, o “retrete” (leia-se “latrina”) “era um lugar adequado para tais eleições”

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    Uma mão lava outra

    Alexandre VI, pontífice espanhol eleito em 1492, tornou-se o mestre no joguinho do conclave. Se fosse escolhido, teria de renunciar a dezenas de abadias, bispados e cidades fortificadas. Sem problemas: distribuiu as honrarias e conquistou os eleitores. Reza a lenda que tinha oito filhos, com três mulheres diferentes, quando virou papa

    Investimento de risco

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    No século 17, o papado virou joguete das grandes monarquias católicas européias, como a França e a Espanha. Todo mundo queria emplacar um papa do seu gosto. O rei francês Henrique IV teria gasto 300 mil escudos para eleger Leão XI em 1605 – aliás, grana mal-empregada, porque o pontífice só durou três semanas

    O defunto era maior

    Em 1914, um mês depois do início da Primeira Guerra Mundial, o eleito foi o papa Bento XV, um cardeal baixinho que ganhara o apelido de Picoletto (“miudinho”, em italiano) em seus anos de seminarista. O coitado era tão minúsculo que nenhuma das roupas da coroação, preparadas de antemão, cabia nele

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    Tapa-buraco?

    Em 1958, a eleição de João XXIII, com seus 77 anos, aconteceu porque todo mundo queria um papa de transição, que desse tempo para a Santa Sé achar seu rumo depois dos quase 20 anos do papado de Pio XII. Foi o maior tiro pela culatra da história: ele convocou o Concílio Vaticano II, que modernizou a Igreja e a virou do avesso

    Queimou a língua

    Nunca ninguém em um conclave se arrependeu tanto do que disse quanto o cardeal inglês Hume, em 1978. Ele ajudou a eleger o papa João Paulo I e saiu dizendo para todo mundo que este era “o candidato de Deus”. O pontífice era mesmo muito afável e humilde, mas morreu do coração dali a pouco mais de um mês

    Aquele do Senegal?

    Em 1978, um cardeal foi até a sacada para anunciar o nome do novo papa, em latim. Acontece que a teimosia em pronunciar do jeito certinho o nome polonês de João Paulo II – Karol Wojtyla, ou “Vo-i-til-wa”, como se diz – fez a multidão reunida na praça achar, por quase um minuto, que se tratava de um africano

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