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E se houvesse guerra civil no Brasil?

Rebeldes teriam de atacar pontos de infra-estrutura estratégicos até chegar a Brasília. Nada fácil

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h15 - Publicado em 2 jun 2013, 22h00

Nathan Fernandes

Nem uma nova Constituição, nem a independência de um Estado, tampouco um movimento religioso. O que motivaria um conflito armado no Brasil seria algo não muito criativo em se tratando de guerra: petróleo. Em 2012, a proposta de redistribuição dos royalties da produção da commodity levou 200 mil pessoas a se manifestarem no Rio de Janeiro. O Estado, sozinho, produz 74% do petróleo nacional. Se houver a redistribuição, o Rio diz que perderá R$ 77 bilhões em arrecadação até 2020. A discussão é longa, polêmica e ainda tramita no Congresso. Se a coisa ficasse séria e os Estados produtores de petróleo se juntassem contra o resto, teríamos, na verdade, uma guerra entre rebeldes civis e militares. Isso porque dificilmente as Forças Armadas, que respondem à presidente e não aos Estados, se voltariam contra o governo federal menos de 30 anos depois da redemocratização do País. Um novo golpe militar não seria bem visto pela comunidade internacional, haveria represálias. Então, sem o apoio militar, os rebeldes teriam de se virar com táticas de guerrilha e tentar atacar locais estratégicos. Nada impossível, ainda mais se eles angariassem mais aliados descontentes. Em 2008, o Movimento dos Atingidos por Barragens invadiu a hidrelétrica de Tucuruí, no Pará. Chegaram à sala de operações e por pouco não deixaram muita gente sem luz. Para evitar ataques assim, surgiu o Projeto Proteger, que deve ter um investimento de R$ 9,6 bilhões do governo. Mas as dificuldades dos rebeldes iriam além. Seria preciso chegar a Brasília. E o Planalto Central não tem uma Sierra Maestra, com as florestas e montanhas estratégicas que ajudaram os cubanos a tomar Havana em 1959, por exemplo. Então, mais uma vez na história, o governo central derrotaria os revoltosos.

Realidômetro: A motivação teria de ser ainda maior e a situação política e econômica do Brasil deveria ser muito mais conturbada para uma guerra civil estourar.

Forças Armadas
204.744 no Exército
69.093 na Aeronáutica
65.528 na Marinha

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Infraestrutura
13 mil pontos estratégicos no Brasil
92% do PIB nacional
20% deles são ligados à produção de energia.

Fontes Jefferson Biajone, presidente-fundador do 1º Núcleo de Correspondência da Sociedade Veteranos de 32/MMDC; Vitelio Brustolin, escritor e pesquisador da Universidade Harvard, EUA, e da UFRJ; Samy Dana, economista e professor da Fundação Getúlio Vargas, São Paulo.

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