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Em 1952, Einstein deu sua opinião sobre OVNIs em uma carta

Após aparições estranhas no céu de Washington, um líder evangélico perguntou a Einstein o que achava daquilo. O físico, no entanto, não pareceu interessado.

Por Maria Clara Rossini
14 fev 2023, 17h46

Noite de 19 de julho de 1952, cidade de Washington. Radares de controle de tráfego aéreo detectaram algo sobrevoando a Casa Branca e Capitólio – uma região que deveria ser restrita. Um dos controladores afirmou, anos depois, que o sinal era tão forte quanto o de um avião, mas o objeto movia-se de um lado para outro de maneira errática. 

As aparições duraram até as primeiras horas da manhã seguinte. Dois caças da Força Aérea foram enviados à procura dos objetos não identificados, mas não encontraram nada. Uma semana depois, o incidente se repetiu: mais detecções nos radares e caças vasculhando o céu. Logo a notícia estava na primeira página de jornais como The Washington Post e New York Daily News. A revista Life havia publicado recentemente uma capa sobre OVNIs (objetos voadores não-identificados), o que colocou ainda mais lenha na fogueira.

Talvez a atenção da mídia tenha inspirado o reverendo evangélico Louis A. Gardner (que nada tinha a ver com a Força Aérea americana) a mandar uma carta a Albert Einstein. O religioso estava curioso para saber a opinião do físico: seriam os OVNIs visitantes do espaço? Ou seria mais provável que fossem experimentos militares (seja dos Estados Unidos ou de outros países)?

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Einstein era um dos físicos mais renomados do mundo. Naquela época, já havia proposto a teoria da relatividade e ganhado o Nobel de física pelo efeito fotoelétrico. Ser respondido por uma figura dessas parecia tão provável quanto receber uma carta do papai noel.

Mas aconteceu. O físico encontrou um tempo em sua agenda para redigir três linhas a Gardner. No dia 23 de julho de 1952, Einstein respondeu: “Aquelas pessoas viram algo. O que é eu não sei e não estou curioso para saber”.

Foto da carta de Albert Einstein.
(University of Southern California/Getty Images)

Apesar de sucinta, a resposta de Einstein virou notícia nos Estados Unidos. Gardner não se importou com o desinteresse do físico, e até posou sorridente para uma foto, com a carta em mãos.

Foto de Louis Gardner segurando a carta de Einstein.
(University of Southern California/Getty Images)

Se os OVNIs eram balões de espionagem, não há como ter certeza. As investigações e tecnologia dos anos 1950 não permitiram que as autoridades batessem o martelo, e os fenômenos foram classificados como eventos meteorológicos. Mas isso não impediu que a população americana procurasse os objetos voadores por conta própria: a Força Aérea recebeu mais de 500 relatos de aparição de OVNIs naquele mês. Einstein, por sua vez, preferia dedicar seu tempo a pesquisas e aulas em Princeton.

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