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Gente nova na família

Entrevista com a pesquisadora sobre a descoberta do crânio de uma nova espécie de hominídeo.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h28 - Publicado em 30 abr 2001, 22h00

Rodrigo Cavalcante

Se depender da paleontóloga inglesa Meave Leakey, a árvore da evolução humana acaba de ganhar mais um galho, que pode, inclusive, embolar a pesquisa sobre a origem do Homo sapiens. No final de março, Leakey anunciou a descoberta, no Quênia, do crânio de uma nova espécie de hominídeo, o Keniayanthropus platyops. Tudo indica que se trata de um contemporâneo de Lucy – o famoso fóssil de Australophitecus afarensis, que, há 3,5 milhões de anos, andava, em pé, nas savanas africanas. Se for verdade, restará uma dúvida crucial: de qual dessas duas espécies somos descendentes, afinal?

Esposa do famoso paleontólogo Richard Leakey – filho dos lendários caçadores de fósseis Louis e Mary Leakey –, Meave tomou a dianteira no trabalho de campo depois que o marido perdeu as duas pernas num acidente com um bimotor, em 1994. Em meio ao anúncio da descoberta do novo fóssil, ela falou à Super sobre as implicações do achado.

Super – Como a descoberta dessa espécie muda nossa visão da evolução?

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Ela prova que a diversidade de espécies de hominídeos era bem maior do que as antigas evidências sugeriam. Os paleontólogos sabiam da coexistência de espécies em períodos mais recentes, mas nunca há 3,5 milhões de anos. Agora, é esperar para ver se os novos achados vão revelar como uma espécie se relacionava com a outra.

O que, de fato, vocês encontraram?

Além de um crânio, fragmentos de dentes e de um maxilar. Alguns desses fragmentos certamente pertencem à espécie Keniayanthropus platyops – mas é bem provável que outros fragmentos sejam de outras espécies. Ainda não sabemos.

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Como a tecnologia mudou seu trabalho de campo nos últimos 20 anos?

A tecnologia teve mais influência na forma como estudamos e analisamos os fósseis. Não houve mudanças significativas na forma como os encontramos. A maioria das descobertas ainda é fruto do trabalho direto no campo, nas escavações, como antigamente. Talvez seja por isso que considero a paleontologia tão fascinante.

Depois do acidente aéreo com Richard Leakey, que papel ele tem tido nessas descobertas?

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Algumas vezes trabalhamos juntos em algumas áreas e outras vezes trabalhamos em áreas ligeiramente diferentes. É apenas uma questão de como administrar o nosso tempo com maior eficiência. Mas continuamos trabalhando juntos. Tudo o que fazemos é parte do mesmo projeto.

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