Os senhores de Roma
Entenda como surgiu o Império - e quem eram os homens mais poderosos do mundo nas diferentes fases políticas de Roma.
Roma surgiu da união de tribos que viviam de modo rudimentar perto do rio Tibre. A lenda diz que tudo começou com dois irmãos adotados por uma loba. Em 1.200 anos, seus mais de mil líderes estiveram entre os homens mais poderosos do mundo.
1ª FASE: A Monarquia (753 – 509 A.C.)

Roma passou de uma pequena cidade-estado a um reino poderoso. Apesar da estabilidade havia tensões, pois ali conviviam três povos de costumes diferentes. Sabinos e latinos eram dados à agricultura e ao pastoreio. Etruscos privilegiavam o comércio, o artesanato e a guerra
Quem é que mandava:
PATRÍCIOS
O rei era eleito por um conselho de aristocratas – os patrícios – entre os indicados pelo Senado. As guerras derem popularidade inédita aos reis, o que gerou ciúme entre os senadores
RÔMULO (753 – 715 A.C.)
Se ele é irmão gêmeo de Remo, que segundo a lenda foi salvo por uma loba, ninguém sabe. O fato é que o primeiro monarca de Roma foi mesmo um certo rei chamado Rômulo
2ª fase: República (509 – 27 A.C.)

Para muitos especialistas, a República foi a forma encontrada pelo Senado para manter o poder diante da crescente popularidade dos reis guerreiros junto aos mais pobres – os plebeus
Quem é que mandava:
TRAMAS E GOLPES
Um complicado sistema de governo baseado na eleição de duplas de cônsules escondia o fato de que os 300 senadores eleitos pelos patrícios é que mandavam. O povo conseguiu seus representantes, como os irmãos Caio e Tibério Graco – responsáveis por uma tentativa de reforma agrária e pela distribuição gratuita de pão. Mas a insatisfação geral, aliada ao fortalecimento dos generais, que expandiam os limites e o poder de Roma e traziam escravos e produtos para o consumo dos patrícios, colocou em xeque, mais uma vez, o poder do Senado. Uma série de golpes de Estado colocou fim ao sistema republicano
JÚLIO CÉSAR (45 – 44 A.C.)
Militar de família nobre, liderou as conquistas da Ibéria e da Bretanha. Escrevia sobre suas batalhas e enviava relatos a Roma, o que fez dele um ídolo popular. Foi feito cônsul do primeiro triunvirato (60 a.C.), mas tornou-se tão poderoso que iniciou uma guerra civil e destituiu os outros dois, proclamando-se ditador. Aos 56 anos de idade foi apunhalado num complô nas escadarias do Senado romano. Acabou emprestando seu nome aos imperadores que viriam e virou sinônimo de líder poderoso e absoluto, dando origem aos termos “czar” na Rússia e “kaiser” na região onde hoje fica a Alemanha
3ª fase: Império (27 A.C. – 476 D.C.)

A expansão territorial e crises internas abriram caminho para os usurpadores, motivo pelo qual houve períodos com mais de um imperador declarado. O Império ruiu com a invasão dos bárbaros, no século 5.
Quem é que mandava:
OTÁVIO AUGUSTO (27 A.C. – 14 D.C.)
Pacificou Roma com “pão e circo”. Fez a maioria das obras vistas hoje em ruínas. Seu exercito chegou a ter 300 mil homens. Morreu doente aos 77 anos
CALÍGULA (37 – 41 D.C.)
Destruiu a confiança na figura do imperador conseguida por Augusto. Nomeou seu cavalo cônsul e substituiu as estátuas dos deuses por imagens de seu próprio rosto. Foi assassinado aos 28 anos
NERO (54 – 68 D.C.)
Incendiou Roma para reconstruí-la ao seu gosto. Exilou a mulher e tramou a morte da mãe. Suicidou-se aos 30 anos de idade
TRAJANO (98 – 117 D.C.)
Estendeu os limites do Império ao máximo. Construiu estradas e modernizou portos. Criou a figura do “curador”, uma espécie de prefeito. Morreu aos 65 anos de idade
ADRIANO (117 – 138 D.C.)
Culto e mais inclinado às palavras do que às armas, deu aos romanos 20 anos de paz. Realçou as belezas da cidade e promulgou leis que regeram Roma por dois séculos. Morreu doente aos 62 anos
MARCO AURÉLIO (161 – 180 D.C.)
Filósofo, promoveu o reerguimento cultural de Roma. Aos 59 anos, morreu doente (e não assassinado pelo filho Comôdo, como no filme Gladiador)
CONSTANTINO (306 – 337 D.C.)
Determinou o fim da perseguição aos cristãos, permitindo-lhes o culto e a abertura de templos. Mudou a capital do Império para Bizâncio (futura Constantinopla). Morreu doente em 337
TEODÓSIO (378 – 395 D.C.)
Oficializou o cristianismo. Separou o Império em dois: o do Oriente e o do Ocidente. Morreu aos 50 anos de idade
Todos os líderes políticos de Roma, do surgimento da metrópole até a queda do Império.
MONARQUIA
753-715 a.C. Rômulo
715-673 a.C. Numa Pompílio
673-642 a.C. Túlio Hostílio
642-617 a.C. Ancus Márcio
616-579 a.C. Tarquínio Prisco
578-535 a.C. Sérvio Túlio
534-510 a.C. Tarquínio Soberbo
REPÚBLICA
509-31 a.C. Cerca de mil cônsules governaram
60 a.C. Crasso, Pompeu e Júlio César
45-44 a.C. Júlio César
44-31 a.C. Otávio Augusto, Marco Antônio e Lépido
31-27 a.C. Otávio Augusto
IMPÉRIO
27 a.C.-14 d.C.Otávio Augusto
14-37 Tibério
37-41 Calígula
41-54 Cláudio
54-68 Nero
68-69 Galba
69 Oton e Vitélio
69-79 Vespasiano
79-81 Tito
81-96 Domiciano
89 Saturnino
96-98 Nerva
98-117 Trajano
117-138 Adriano
138-161 Antônio Pio
161-166 L. Verus
161-180 Marco Aurélio
180-192 Cômodo
192-193 Pertinas
193 Dídio Juliano
193-211 Sétimo Severo
211 Geta
211-217 Caracala
217-218 Macrínio
218-222 Elagabalo,Seleuco, Urânio, Gelo Máximo e Vero
222-235 Severo Alessandro e Tauríneo
235-238 Maximínio Tras, Magno e Quartinus
238 Gordiano I, Gordiano II, Pupieno e Balbino
238-244 Gordiano III
244-249 Filipe I
247-249 Filipe II
248 Pacaciano, Iotapiano, Silbanco,Esponsiano
249-251 Trajano Décio
250 Júlio Prisco eLiciniano
251 Erênio Etrusco,Hostiliano
251-253 Treboniano Galo e Volusiano
253 Urânio Antonino, Emílio e Emiliano
253-268 Valeriano I, Maredes, Valeriano II e Galieno
268-269 Ingeno, Regaliano, Macriano I, Macriano II, Quieto, Piso, Valens, Balista, Múcio, Emiliano, Memor, Celso, Auréolo, Saturnino, Censorino, Póstumo, Laeliano e Mário
269-270 Cláudio II
270-273 Quintílio, Felicíssimo, Tétrico I, Tácito e Aureliano
271-272 Domiciano, Urbano, Setímio e Vabalato
273-274 Tétrico II e Firmo
274-282 Floriano e Probo
280-281 Bonoso, Saturnino e Proculo
282-284 Caro, Numeriano e Carino
284-305 Diocleciano e Tetrarco
284-305 Caráusio, Aleto, Domício, Maximiniano Hercúleo, Constâncio I, Cloro Galério, Maximino Daia e Severo II
306-312 Maxêncio
306-313 Constantino e Tetrarco
313-324 Constantino e Licínio
308-309 Domício Alessandro
306-313 Constantino e Tetrarco
313-324 Constantino e Licínio
314 Valens
324 Martiniano
333-334 Calocaero
337-340 Constantino II
337-350 Constâncio I
350-361 Constâncio II
350-355 Magnêncio, Vetrânio Nepociano e Silvano
361-363 Juliano II
363-378 Joviano, Valenciano I, Firmo Procópio, Marcelo Graciano e Valens
375-392 Valentiniano II
378-395 Teodósio I
383-388 Magno Máximo e Flávio Vitor
392-394 Eugênio
393-423 Honório
407-411 Constantino III, Prisco, Constâncio Máximo
411-415 Jovino, Prisco Atalo e Sebastiano
421 Constâncio III
423-425 Johannes
425-455 Valentiniano III
455 Petrônio Máximo
455-456 Ávito
457-461 Majoriano
461-465 Líbio Severo
467-472 Antemo
468-472 Arvando, Romano e Olívio
473-474 Glicério
474-475 Júlio Nepos
475-76 Rômulo Augusto