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Osso de quadril pode indicar uma nova linhagem de Homo sapiens

O fragmento de 42 mil anos foi encontrado na caverna de Grotte du Renne, na França. Se confirmado, pode fornecer novas informações sobre a relação entre humanos e neandertais.

Por Caio César Pereira
8 ago 2023, 18h48
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  • Vista lateral (esquerda) e medial (direita) do ílio esquerdo de um indivíduo perinatal recente (T41).
     (Scientific Reports (2023). DOI: 10.1038/s41598-023-39767-2/Divulgação)

    Se em algum lugar existisse um túnel do tempo no estilo do filme Linha do Tempo (2003) ou A Caverna (2017), é bem provável que fosse na França. O país já abriga cavernas famosas para a arqueologia, como as de Lascaux e Chauvet. Agora, a caverna de Grotte du Renne se junta a elas: pesquisadores encontraram o osso de um quadril que pode ter pertencido a uma linhagem até então desconhecida de Homo sapiens

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    O estudo foi conduzido por Arthur Gicqueau e publicado no periódico Scientific Reports. Durante escavações, antropólogos encontraram o fragmento de um ílio, que juntamente com o púbis e o ísquio, forma o conjunto que a gente chama de quadril. Esse osso foi encontrado entre as décadas de 1950 e 1960, mas foi somente agora que os cientistas se debruçaram sobre o achado – algo comum em pesquisas arqueológicas e antropológicas. 

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    A caverna de Grotte du Renne vem sendo alvo de pesquisa por apresentar uma característica bastante curiosa: ela tem camadas geológicas que retratam o período histórico de ocupação da caverna, indicando quem passou por lá e quando. Assim, sabemos que a caverna foi habitada por Neandertais e pelos Homo sapiens.

    Essa caverna é um dos melhores exemplares para o estudo da relação entre os neandertais e o homem moderno. Algumas ferramentas encontradas demonstram  uma certa ligação entre as duas espécies.

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    Sabemos que Sapiens e Neandertais coexistiram por certo período, há 42 mil anos. Foi nessa época que os Neandertais desapareceram e o humano moderno se expandiu pela Europa. É possível chegar à conclusão estudando as camadas da Grotte du Renne.

    Nesse contexto, os pesquisadores passaram a estudar o osso do quadril. Após análises, os pesquisadores constataram que o osso era de uma criança recém nascida, mas ainda não conseguiam descobrir a qual espécie ela pertencia.

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    Vista lateral (esquerda) e medial (direita) de (a) o ílio direito (espelhado à esquerda) de AR-63, (b) o ílio esquerdo do neandertal perinatal LM2 e (c) o ílio esquerdo de um indivíduo perinatal recente (T41).
    (Scientific Reports (2023). DOI: 10.1038/s41598-023-39767-2/Divulgação)

    Ao comparar esse fragmento com outros exemplares de jovens neandertais e humanos modernos, os antropólogos notaram que o formato do osso era um pouco diferente. Em alguns casos, essa diferença pode ocorrer devido a uma variação natural, mas algumas análises a mais foram o suficiente para descartar essa possibilidade.

    O osso é mais semelhante do esqueleto humano, mas com algumas diferenças em sua orientação. Ao que tudo indica, esse osso pode pertencer a uma linhagem de primeiros Homo sapiens até então desconhecida. A constatação ainda deve ser validada antes de chegar a conclusões. Mas, se confirmada, ela pode fornecer novas informações sobre a relação entre Sapiens e Neandertais.

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