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Qual foi o primeiro texto literário em língua portuguesa?

Primeiro texto em português surgiu no século XII

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 15 fev 2017, 18h19 - Publicado em 31 ago 1996, 22h00
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  • “Chama-se Cantiga da Ribeirinha e foi escrito por Paio Soares de Taveirós para sua amada Maria Ribeira”, conta Benilde Cianato, professora de Língua Portuguesa da Universidade de São Paulo. Ela narra a história de um amor não correspondido. Há dúvidas se a poesia foi escrita em 1189 ou 1198. Está registrada no Cancioneiro da Ajuda, um livro de textos manuscritos. A língua portuguesa originou-se do latim e o texto é escrito em galego-português. Na época, a Galícia (hoje Espanha), região próxima a Portugal, era um centro irradiador de cultura. Por isso o idioma sofreu influências do galego. O mais antigo documento em português é o Auto de Partilha, escrito em 1192. Trata-se de um acerto de partilha de terras recebidas em herança. Está guardado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa, Portugal.

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    Cantiga da Ribeirinha

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    No mundo non me sei parelha,

    mentre me fôr como me vai,

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    ca já moiro por vós – e ai!

    mia senhor branca e vermelha,

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    queredes que vos retraia

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    quando vos eu vi en saia!

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    Mau dia me levantei,

    que vos enton non vi fea!

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    E, mia senhor, dês aquel dia, ai!

    me foi a mi mui mal,

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    e vós, filha de don Paai

    Moniz, e ben vos semelha

    d’haver eu por vós guarvaia,

    pois eu, mia senhor, d’alfaia

    nunca de vós houve nen hei

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    valia d’ua correa.

    Tradução

    No mundo não conheço

    ninguém igual a mim,

    enquanto acontecer o

    que me aconteceu,

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    pois eu morro por vós – e ai!

    Minha senhora alva e rosada,

    quereis que vos lembre

    que já vos vi na intimidade!

    Em mau dia eu me levantei

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    Pois vi que não sois feia!

    E, minha senhora,

    desde aquele dia, ai!

    Venho sofrendo de um grande mal

    enquanto vós, filha de dom Paio

    Muniz, a julgar forçoso

    que eu lhe cubra com o manto

    pois eu, minha senhora,

    nunca recebi de vós

    a coisa mais insignificante.

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