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Princesa Diana :e morreram felizes para sempre?

Diana e seu namorado egípcio teriam sido assassinados pelos serviços secretos britânico e americano. Mas há quem diga que, na verdade, a princesa simulou a própria morte e continua circulando no palácio de Buckingham.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h26 - Publicado em 30 set 2005, 22h00

Aline Rochedo

TEORIA – Princesa Diana foi morta (ou não)

OBJETIVO – Evitar o casamento da nobre com um plebeu muçulmano

A morte precoce da princesa Diana e do namorado egípcio Dodi Al Fayed num desastre de carro em Paris, há oito anos, rende boas teorias conspiratórias até hoje. O autor de uma delas é o pai do playboy, Mohamed Al Fayed, dono do magazine londrino Harrods e dos hotéis Ritz. Inconformado com a versão oficial – imprudência do motorista –, ele abriu uma investigação paralela. Suspeita-se que o acidente no túnel da Ponte D’Alma foi planejado pelo serviço secreto britânico e pela CIA para eliminar a ex-mulher do príncipe Charles. A intenção seria evitar que ela subisse ao altar com um muçulmano. Para chocar ainda mais a monarquia, Diana estaria grávida do plebeu. Segundo Mohamed, Dodi entregaria uma jóia de noivado de 215 mil dólares à princesa assim que chegasse à sua mansão. Como se sabe, o casal morreu no caminho.

O desastre aconteceu em 31 de agosto de 1997, depois de Diana, com 36 anos, e Dodi, 42, jantarem no Ritz e deixarem o hotel pelos fundos, na tentativa de despistar os fotógrafos. A bordo de um Mercedes-Benz S-280 conduzido pelo motorista Henri Paul, que também morreria na colisão, estava ainda o segurança Travor Rees-Jones, único sobrevivente. Na ocasião, a perícia afirmou que o motorista ingeriu álcool em excesso e dirigia em alta velocidade para fugir dos fotógrafos. Com base nesses dados, a versão oficial francesa culpa Paul, que, embriagado, pisou fundo no acelerador. Mas essa história não convenceu amigos e familiares de Diana e Dodi, nem a maioria dos britânicos interessados no caso. Segundo um levantamento feito em maio de 2005 com leitores do tablóide inglês Daily Express, 94% dos entrevistados acreditam que a princesa e o milionário foram assassinados. Uma evidência seria o atraso nas investigações de um processo da Scotland Yard em janeiro de 2004 – os resultados estavam prometidos para dezembro daquele mesmo ano, mas agora já se fala em janeiro de 2006. Os leitores crêem que os investigadores estão encontrando dificuldades para eliminar as provas da conspiração.

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Em meio a dezenas de teorias, duas têm mais adeptos: a de que uma ou mais células do serviço secreto do Reino Unido planejaram a morte de Diana e a de que elementos do establishment britânico encomendaram o assassinato. No primeiro caso, membros do MI5 (segurança nacional) ou do MI6 (segurança internacional) concluíram que Lady Di ameaçava o trono e a estabilidade do Estado. A segunda hipótese inclui os problemas que ela traria à família real se resolvesse se converter ao islamismo, podendo influenciar até os príncipes William e Harry, seus filhos com Charles.

GRANA SUSPEITA

Neste ano, noticiou-se a descoberta de 13 contas em nome do motorista Paul em bancos franceses, somando 178 mil dólares. Em 25 de maio de 2005, o assunto foi capa do Daily Express. Segundo o jornal, suspeita-se que Paul prestava serviços para o MI6 e recebia dinheiro em troca de informações sobre hóspedes do Ritz de Paris. E não foi explicada a origem dos francos (moeda francesa antes da adoção do euro) encontrados no bolso da camisa de Paul no local do acidente: algo perto de 3500 dólares, em dinheiro vivo. As investigações também focam no guarda-costas que sobreviveu e que, no passado, servira nas Forças Armadas britânicas. Ele é suspeito de ter prestado serviços ao MI5 ou ao MI6, controlando os passos de Mohamed Al Fayed. Uma curiosidade: o grandalhão era o único ocupante do carro a usar cinto de segurança – e todos sabem que guarda-costas em ação normalmente dispensam o acessório.

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Nem o príncipe Charles, de quem Diana estava divorciada havia um ano, está fora de suspeita. Paul Burrell, ex-mordomo da princesa por mais de uma década, publicou em 2003 o polêmico livro Uma Questão de Honra (Ediouro, 2003), usando cartas escritas por Diana. O ex-funcionário da família real, aliás, foi a primeira pessoa a sugerir que a patroa temia ser assassinada em um acidente de carro encomendado pelo ex-marido. O indício seria uma carta escrita por Lady Di dez meses antes de morrer. Para os que apostam nessa versão, sem Diana no caminho, os súditos aceitariam melhor uma futura união de Charles com Camilla Parker-Bowles, sua amante desde 1972. A dupla trocou alianças em abril de 2005.

Nessa novela da vida real, um capítulo acabou dedicado ao Brasil. No final de 1998, o jornal inglês The Mirror e a revista americana Star publicaram que, na véspera da tragédia, a princesa ligou para a embaixada brasileira em Washington e conversou com a embaixatriz Lúcia Flecha de Lima, uma de suas amigas mais queridas. Diana teria confidenciado o plano de casamento com Dodi, decisão que seria divulgada ao público em poucos dias. Como os telefones da embaixada estariam grampeados pela NSA (agência de espionagem americana), a CIA teria repassado a informação para os serviços secretos britânicos, que colocariam em prática o plano de abreviar a vida de Diana. No túnel, assassinos profissionais evitariam que os netos da rainha Elizabeth II tivessem um padrasto muçulmano.

Quanto à gravidez da princesa, será impossível prová-la, pois o corpo foi embalsamado e os registros da autópsia simplesmente sumiram. Os indícios mais fortes são as fotos de um paparazzo mostrando a barriguinha saliente da princesa sob o maiô, durante as férias com o namorado no iate Jonikal, na Sardenha, dias antes de morrer. Como Diana tinha preocupação doentia com seu físico, jamais desfilaria fora de forma com tanta tranqüilidade. E tem mais: em 22 de setembro de 1997, a revista americana Time publicou que, enquanto agonizava nas ferragens ao lado do cadáver de Dodi, Diana teria dito a um policial francês que estava grávida de seis semanas. Até hoje, o dono da Harrods jura de pés juntos que a amada de seu filho morreu com um herdeiro dos Al Fayed no ventre.

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Numa primeira versão, os paparazzi que seguiram o Mercedes chegaram a ser acusados de provocar o acidente. Mais tarde, verificou-se que as motos usadas por eles não tinham potência para acompanhar o carro que levava Dodi e Diana. Ainda que em minoria, há os que especulam que o verdadeiro alvo dos assassinos era Dodi – a princesa entrou de carona no atentado, para desviar o foco das investigações. É uma versão que nem Mohamed banca, mas faz algum sentido. Afinal, não é segredo que o sucesso do bilionário egípcio incomoda comerciantes locais. O empresário coleciona inimigos e adora testar sua popularidade no governo britânico encaminhando pedidos de cidadania, sempre negados sem explicação, apesar de todos os dólares que atrai para o país. No primeiro semestre de 1997, Mohamed se engajou na campanha para tirar os conservadores do poder. Até hoje o magnata é considerado um intruso no reino e na sociedade britânica. Matar o herdeiro do império Al Fayed seria uma vingança e tanto.

A teoria mais incrível é, sem dúvida, a da morte forjada. Eis o roteiro: cansados das intromissões em suas vidas, Diana e Dodi simulariam suas mortes em um acidente de carro. Assim, viveriam no anonimato em algum lugar do mundo. A principal prova seria o fato de o guarda-costas Rees-Jones estar vivo, já que peritos consideraram impossível alguém resistir a uma colisão a quase 200 quilômetros por hora. Rees-Jones teria levado uma grana preta para estourar a cara e calar o bico. O repórter Richard Kray, do Daily Mail, não duvida de nada. Diz ter ouvido da princesa, seis horas antes da tragédia, a declaração de que se preparava para sair de vez da vida pública. Calma que o melhor é o final: para visitar os filhos sem ser notada, Diana fez uma cirurgia plástica e ficou irreconhecível. Inclusive, pode até estar circulando dentro do Palácio de Buckingham como uma das funcionárias da casa. Camilla que se cuide.

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