Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Quantas línguas são faladas no Brasil?

E olha que esse número não considera as comunidades de imigrantes nem as pessoas que aprendem uma língua estrangeira. São só os idiomas indígenas, falados por cerca de 160 000 pessoas.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h22 - Publicado em 31 jul 2007, 22h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Texto Ivy Farias

    Publicidade

    Fora o português – o único idioma oficial – há aproximadamente 180 outras línguas no Brasil. E olha que esse número não considera as comunidades de imigrantes nem as pessoas que aprendem uma língua estrangeira. São só os idiomas indígenas, falados por cerca de 160 000 pessoas.

    Publicidade

    A situação não está nada bonita para essa gente: segundo o lingüista Aryon Rodrigues, da UnB, 87% das línguas indígenas estão ameaçadas de “morte” – encaixam-se nessa categoria as línguas com­­ 10 ­­000­ falantes ou menos. Se um idioma tem só um falante, ele já é considerado morto, pois essa pessoa não tem mais ninguém para conversar em sua língua.

    Ao contrário das pessoas, línguas podem ressuscitar, desde que o conhecimento seja preservado (num dicionário, por exemplo) e passado adiante. Foi o que aconteceu com o hebraico, que sumiu na Idade Média – quando passou a ter somente uso litúrgico – para renascer como o idioma oficial de Israel. Se a língua morre sem registro, ela é considerada extinta. A lingüista Januacele da Costa, da UFPE, estima que esse tenha sido o destino de 1 200 idiomas brasileiros desde a chegada dos portugueses. Na tentativa de salvar as línguas indígenas, lingüistas e professores se esforçam para ensiná-las às novas gerações. Hoje, há 2 422 escolas que oferecem alfabetização bilíngüe para as crianças índias.

    Publicidade

    A babel brasileira

    Conheça algumas das línguas faladas pelos índios

    Tucuna (40 000 falantes)

    É a língua indígena mais conservada do Brasil. Os tucunas, habitantes da região do alto Solimões, no Amazonas, aprendem sua língua nativa em escolas públicas – onde os professores são, em sua maioria, não-índios.

    Publicidade

    Macu (1 falante)

    Continua após a publicidade

    Não se sabe por onde anda o único falante, Sinfrônio Makú, de mais de 70 anos. A última notícia que se teve dele é que trabalhava como jardineiro em Boa Vista, Roraima.

    Publicidade

    Xipaia (1 falante)

    Maria Xipáya, de Altamira, Pará, é a última falante. Ela é uma idosa que nem sabe a própria idade. A língua está sendo dicionarizada pela lingüista Carmen Lúcia Rodrigues, da UFPA.

    Publicidade

    Embiá (10 000 falantes)

    O embiá é uma variante do guarani falada em 7 estados: Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, além de Argentina e Paraguai. Os falantes do embiá também se comunicam em português.

    Xetá (1 falante)

    Continua após a publicidade

    Mais uma língua prestes a sumir do mapa: o índio Kwen, de aproximadamente 80 anos, é o único falante. Ele mora em Laranjeiras do Sul, Paraná.

    Nheengatu (3 000 falantes)

    Conhecida como a língua geral amazônica – era usada por índios de diferentes etnias, além de caboclos –, é derivada do tupinambá. O idioma foi adotado pelo povo baré, do Amazonas, após o sumiço da própria língua.

    Puruborá (0 falante)

    Todas as pessoas que sabiam falar o idioma puruborá já morreram. Os índios da tribo, em Roraima, falam o português, mas alguns ainda conhecem poucas palavras da língua de seu povo.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.