Até o século 18, boa parte do pensamento ocidental era simplificada pela idéia de que o desenvolvimento da vida era obra do divino. O teólogo William Paley, em 1802, afirmou que há padrões tão perfeitos na natureza, que só poderiam ser realizações de Deus. Discutir o lado religioso é importante, mas existia a necessidade de investigar o funcionamento do mundo. O francês Jean-Baptiste Lamarck foi o primeiro a negar isso, quando apresentou, em 1809, a teoria do “uso e desuso”, segundo a qual as características das espécies se ajustam ao ambiente. Por exemplo, a girafa teria desenvolvido seu longo pescoço pela necessidade de alcançar frutos nas árvores.
Trinta anos depois, veio a público a teoria da seleção natural, de Charles Darwin (1809-1882), que revolucionou a ciência. Depois de pesquisar espécies na América do Sul e do Pacífico, publicou A Origem das Espécies. Segundo Darwin, há influências que o ambiente exerce nas vidas dos seres. Os que conseguem sobreviver e se reproduzir em geral são aqueles que exploram melhor os recursos disponíveis e sabem vencer obstáculos mais eficazmente. Em outras palavras, é a evolução que possibilita nossa presença na Terra. Darwin provocou polêmica e chocou a Igreja Católica, mas nos deu uma das idéias mais bem embasadas de todos os tempos.