As torres gêmeas do World Trade Center sendo destruídas. Corpos mutilados de estrangeiros seqüestrados em Bagdá. Atletas israelenses fuzilados por palestinos nos Jogos Olímpicos de Munique… Quando se pensa em terrorismo atualmente, é difícil não o associar à questão árabe. Para chamar a atenção para sua causa, minorias do Oriente Médio têm cometido atrocidades, espalhando o terror por todo o planeta. Além dos árabes, outros grupos oprimidos do mundo contemporâneo optaram pela violência para vencer seus inimigos, como os cristãos irlandeses (IRA), os separatistas bascos (ETA) e os guerrilheiros colombianos (Farcs). Mas a origem do terrorismo remonta ao período da Revolução Francesa, no qual Robespierre mandou guilhotinar mais de 12 mil pessoas, eliminando os possíveis opositores do governo recém-instaurado. A palavra “terrorismo” nasceu, portanto, atrelada a uma ação do Estado. Assim como também foram “terrorismo de Estado” o sistema escravocrata grego, a expansão do Império Romano, a Inquisição e, mais recentemente, o regime stalinista.
Seja lá como for, “de Estado”, “contra o Estado” ou “por um Estado”, o terrorismo impõe uma “dialética do medo”: por um lado, é arma de coação para se alcançar um fim; por outro, ironicamente, é a supressão absoluta do medo de morrer que nos leva aos mais terríveis atentados já noticiados.