O conceito de verdade vem desafiando a humanidade há muitos séculos. Filósofos da antiga Grécia discutiam se ela era absoluta ou relativa – no primeiro caso, seria real; no segundo, ilusória. Aristóteles definia verdade como a adequação entre aquilo que se dá na realidade e aquilo que se dá na mente. Alguns escritores e filósofos, como Dante Alighieri e Platão, preocuparam-se em atingir a verdade absoluta que está por trás de tudo; outros transformaram a ilusão dos sentidos na própria essência de sua literatura, como Shakespeare.
Hoje a mesma pergunta continua sendo feita por estudiosos em todo o mundo. Afinal o que significa ser verdadeiro? É possível conhecer a verdade plena? Para a Igreja Católica a única verdade é aquela revelada por Deus. João, apóstolo de Jesus, disse: “Conhecereis a verdade e ela vos libertará”. Nesse caso, a verdade absoluta é sempre uma questão de fé – e fé, diga-se, não se discute. Já para os existencialistas, a verdade é sempre uma escolha individual. Há ainda a questão da percepção da verdade. Por exemplo, o modo como sabemos que estamos com dor de dente é diferente do modo como sabemos que um livro está sobre a mesa. A dor de dente é subjetiva, já o fato de o livro estar sobre a mesa é objetivo. Complicado, não?