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Vikings noruegueses eram mais violentos que os dinamarqueses, diz estudo

Diferenças na estrutura social das duas nações explicam a disparidade nas mortes violentas, segundo historiadores.

Por Bruno Carbinatto
Atualizado em 7 out 2024, 10h52 - Publicado em 3 out 2024, 14h00

Viking não é tudo igual: pessoas que viviam na Noruega durante a chamada “era Viking” tinham mortes violentas com maior frequência do que quem morava na Dinamarca no mesmo período, revelou um novo estudo.

Pesquisadores chegaram a essa conclusão analisando restos mortais que datam do século 6 ao século 11. Trinta esqueletos foram encontrados na Noruega, enquanto 82 vinham da Dinamarca.

Entre esses, 11 dos noruegueses tinham sinais de trauma fatal, indicando que foram mortos com violência, como golpes de espadas. Isso corresponde a 37% do total.

Já dos 82 esqueletos dinamarqueses analisados, só seis indivíduos (7% do total) tinham sinais de violência, alguns indicando decapitação ou enforcamento – provavelmente penas de morte impostas por autoridades, e não óbitos decorrentes de brigas ou duelos, como na Noruega.

33% dos restos mortais noruegueses também tinham sinais de ferimentos que foram adquiridos ao longo da vida e depois curados, indicando uma rotina bem mais violenta para aquelas pessoas. Não só: também foi mais comum encontrar espadas e outras armas com esses esqueletos do que nos casos dinamarqueses – sinal de uma sociedade mais bélica.

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O estudo envolveu pesquisadores dos Estados Unidos, Noruega e da Alemanha e foi publicado na revista Journal of Anthropological Archaeology.

Fotografia de um crânio danificado.
Marcas em um dos crânios analisados aponta para um trauma fatal, indicando uma morte violenta. (Lisa Mariann Strand/Creative Commons)

Segundo os pesquisadores, as diferenças entre as sociedades explicam essa disparidade. Na época analisada, a Dinamarca tinha uma estrutura social muito mais sólida, divida em hierarquia, com autoridade e poder centralizados. Dessa forma, a violência era estruturada na sociedade – e acontecia com mais frequência na forma de execuções do que de embates. Prova disso é que, por lá, era muito mais comum o uso de títulos de nobreza, como “rei” ou outros patamares de importância.

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A Noruega, por outro lado, era muito mais terra de ninguém: sem uma estrutura social muito rígida, grupos distintos batalhavam por poder com violência.

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“As descobertas desses padrões sugerem que estamos falando de sociedades distintas nas regiões da Noruega e Dinamarca”, diz  David Jacobson, pesquisador da Universidade do Sul da Flórida e um dos autores do estudo. “Isso é bastante impressionante, porque a suposição geral era de que a Escandinávia viking era, em grande parte, um espaço unitário, sem grandes diferenças sociais.”

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Vale ressaltar, porém, que historiadores geralmente classificam a “era Viking” entre o século 9 e o século 12. O estudo, então, incluiu alguns indivíduos que vieram na era pré-Viking.

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