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Água , para não faltar nunca

O maior pólo industrial de Santa Catarina não quer correr o risco de ficar sem água, como muitas grandes cidades brasileiras. Por isso, está cuidando bem de suas nascentes.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 19h07 - Publicado em 31 Maio 2002, 22h00

Leandro Narloch, de Joinville, SC

Carlos Schneider não é o único preocupado com a situação dos mananciais de Joinville – e a ganhar um Prêmio Super Ecologia por isso. O rio Quiriri e os outros dois que abastecem a cidade (Piraí e Cubatão) também são protegidos pelo S Nascentes, um programa criado em 1997 pela prefeitura de Joinville em convênio com a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan).

O S Nascentes é um modelo para o Brasil pela forma como cuida dos recursos hídricos de Joinville, a maior cidade de Santa Catarina e uma potência industrial. O projeto atua em cinco frentes: saneamento rural, reflorestamento, fiscalização, educação ambiental e plano de manejo de duas Áreas de Proteção Ambiental (APAs). Pelo convênio com a Casan, tudo o que é gasto com água pela prefeitura é repassado ao programa. São 300 000 reais por ano, a maioria gasta com saneamento e reflorestamento.

“Instalamos 250 conjuntos de fossa e filtro anaeróbico nos últimos 12 meses, e 800 desde 1997”, diz Fernando Silva, chefe de Apoio Institucional do S Nascentes. Em 60% das casas que receberam o novo sistema, o esgoto caía direto no Quiriri.

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Também está a caminho o manejo das APAs. O desafio é conciliar preservação com o sustento dos moradores, através de alternativas como o turismo ecológico e o cultivo do palmito. “O palmito não exige desmatamento para ser cultivado. Mas os moradores não têm recursos técnicos ou financeiros para cumprir a burocracia que a legislação exige para o cultivo”, diz Adriano Stimamiglio, engenheiro agrônomo que idealizou o S Nascentes.

A menina dos olhos do programa é o reflorestamento. Foram plantadas 14 000 mudas de espécies nativas em 2001, e 37 000 desde 1997, recompondo a vegetação à margem do Quiriri. Para isso, foi preciso montar o maior viveiro de Santa Catarina. As sementes são tiradas de plantas da própria mata, e o local de transplante obedece às características de cada uma das 35 espécies. Com tanto cuidado, o índice de perda no transplante caiu de 40% para 5% em quatro anos. Quase metade das espécies cultivadas é de árvores frutíferas (pitanga, ingá, fruta-do-conde), que alimentam os pássaros e peixes.

Os finalistas

A prefeitura de Joinville venceu uma outra cidade do Sul. Curitiba foi finalista da categoria Água com o Projeto Olho D’Água, um trabalho de monitoramento da qualidade dos rios cujo principal componente é a educação ambiental e o envolvimento da população, especialmente de estudantes. O outro finalista foi o Projeto Multiplicadores de Idéias, mantido pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) em escolas de vários municípios da Grande São Paulo. Trata-se também de um trabalho de educação ambiental, com ênfase na importância de preservar os recursos hídricos.

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