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Espécie de anfíbio extinta: O ouro virou pó

O sapo-dourado só se reproduzia em épocas de chuva, sob condições ideais. Isso pode ter sido fatal para sua sobrevivência.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 19h05 - Publicado em 31 out 2004, 22h00
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  • Lilian Hirata

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    Apesar do nome, o sapo-dourado tinha a pele praticamente alaranjada. Sua cor intensa e esmaltada lhe dava um ar ao mesmo tempo misterioso e distinto. Era encontrado somente na Floresta Nebulosa de Monteverde, região norte da Costa Rica, país que abriga 182 espécies de anfíbios, ou 4% do total conhecido no mundo. Os cientistas descobriram- no em 1976.

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    O ritual de acasalamento do sapo-dourado reunia os anfíbios em poças formadas pelas águas da chuva e era disputadíssimo. Motivo: em média, havia oito machos para cada fêmea. Enquanto um macho estava com uma fêmea, ele precisava ficar atento para evitar que a parceira fosse assediada por sapos solitários que ficavam à espreita.

    As fêmeas podiam botar de 200 a 400 ovos. A metamorfose de girino a sapo levava cinco semanas. Quando os sapinhos nasciam, não dava para saber seu sexo, pois eles eram parecidos no tamanho e na cor. À medida que cresciam, os machos adquiriam a cor laranja, enquanto as fêmeas ficavam mais escuras e com manchas coloridas. Com 42 a 56 milímetros, a fêmea era ligeiramente maior do que o macho, que tinha entre 39 e 48 milímetros.

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    O motivo do desaparecimento do sapo-dourado é ainda um mistério. Especula-se que tenha sido vítima de alguma doença causada por fungos ou das mudanças climáticas no seu habitat. Sabe-se que essa espécie era muito vulnerável pelas características de sua reprodução, que ocorria somente na temporada chuvosa, entre os meses de abril e junho. E a chuva precisava cair em níveis adequados. Se chovesse muito, as águas arrastavam as larvas. Se chovesse pouco, as poças de água secavam antes que as larvas pudessem se desenvolver nelas nas primeiras semanas de vida. Em 1987, uma prolongada estiagem na Costa Rica causou uma drástica redução no número de vários anfíbios, incluindo o sapo-dourado. Desde 1989, a espécie deixou de ser vista na região e acredita-se que esteja extinta.

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    Sapo-Dourado

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    Nome cientifico: Bufo periglenes

    Ano da extinção: 1989

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    Habitat: Costa Rica

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