Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Greenpeace quer comprar usinas de carvão —para depois fechá-las

As usinas, que ficam na Alemanha, podem custar até 12 bilhões de reais para o grupo ambiental

Por Ana Luísa Fernandes
Atualizado em 8 mar 2024, 11h40 - Publicado em 4 nov 2015, 15h45

A empresa Vattenfall, uma estatal sueca, está vendendo minas e usinas de carvão para se alinhar com a proposta do país de se tornar o primeiro do mundo livre de combustíveis fósseis. Como mudar o dono da produção não vai impedir que os recursos do planeta sejam utilizados,  o Greenpeace vai tentar comprar as usinas para fechá-las gradualmente. Se o plano funcionar, até 2030 o carvão da produção já vai ter sido substituído por fontes renováveis de energia. Segundo o analista Rodger Rinke, da empresa financeira multinacional LBBW, o preço do conjunto de propriedades é maior que R$ 12 bilhões.

O Greenpeace, que tem um orçamento anual médio de R$ 1,5 bilhão, já disse que vai contar com doações e campanhas para conseguir o dinheiro, como comentou Juha Aromaa, porta-voz do grupo: “Acreditamos que a maioria da arrecadação viria das pessoas que nos apoiam, que estão interessados na aquisição para salvar o clima”.

O Greenpeace tem como objetivo manter pelo menos 80% das reservas atuais de carvão enterradas —segundo os cientistas, esse é o número mínimo para que o aquecimento global não passe do limite seguro dos 2ºC. Mas a própria Vattenfall não parece estar muito interessada na proposta: a empresa rejeitou a declaração de interesse da organização, dizendo que o Greenpeace não poderá fazer uma oferta e que não deve mais explicações sobre o assunto.

A diretora do programa nórdico do Greenpeace, Martina Krüger, disse que “O governo sueco prometeu que nenhuma nova mina seria aberta, o que é o primeiro passo para a eliminação gradual do carvão. Nós estamos com medo que, com a venda, eles agora estejam tentando escapar dessa promessa (…) nós podemos ver que eles só estão interessados na maior oferta”.

Continua após a publicidade

Apesar da análise que aponta que o preço total do conjunto de usinas e minas seja de R$ 12 bilhões, o Greenpeace diz que, com o declínio do valor do carvão e as regulamentações ambientais, esse valor deveria ser de aproximadamente R$ 2 bilhões. Krüger afirma que a proposta do Greenpeace é séria, e que, se a empresa não ceder, vai falar diretamente com o governo sueco. Mesmo se não conseguirem, disseram que vão pressionar a estatal para que a venda seja realizada com condições ambientais e sociais.

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.