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Sempre se acreditou que as angiospermas, plantas com flores, tivessem surgido no início do Cretáceo, há 130 milhões de anos. Mas algumas pistas recentes sugerem que elas podem ser mais antigas. Por exemplo, a descoberta do pesquisador Bruce Cornet do Observatório da Terra Lamont Doherty, em Nova York: são fósseis bem preservados de uma pequena folha e de duas flores, que ele encontrou na Carolina do Norte, Estados Unidos, em rochas de xisto, do final do Triássico – cerca de 220 milhões de anos atrás. Porém, a folha está incompleta. Sabe-se sua idade, mas não se pode identificá-la com precisão.
Mesmo assim, depois de analisar o fragmento de folha, Cornet concluiu que o padrão das nervuras e o formato de três gomos que ele apresenta é o mesmo das angiospermas. Tais conclusões foram recebidas com cautela por outros cientistas, como Peter Grane, paleobotânico do Museu de História Natural de Chicago. Para ele, apesar da semelhança com uma angiosperma, a folha também se parece com certas samambaias. Alguns pesquisadores apóiam a busca pelo ancestral das angiospermas, mas lembram que durante um longo período do Jurássico – há cerca de 100 milhões de anos, entre o Triássico e o Cretáceo – não há registro dessas plantas. Resta esperar outras evidências que comprovem ou não a hipótese de Cornet
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