O biólogo Kevin Arrigo, da Nasa, deu um passo fundamental para entender o primeiro elo da cadeia alimentar na Antártida. Calculou a quantidade de microalgas que crescem na água do mar congelada. Ele simulou em computador o crescimento das algas. E chegou à conclusão de que, mesmo no inverno, a flora marinha cresce a cada dia 50 microgramas para cada metro quadrado da crosta de gelo. “A concentração varia muito e chega a 1 grama de clorofila por metro quadrado”, explicou Arrigo à SUPER. Você sabe: clorofila é a substância das plantas que faz a fotossíntese. Durante um ano, em 20 milhões de quilômetros quadrados de gelo, as microalgas liberam no ar 35 milhões de toneladas de carbono. O que torna possível a existência de tanta alga é que o gelo é cheio de microcanais por onde circula água rica em sais minerais. E aí é o seguinte: a microflora alimenta o krill, um camarãozinho que faz o cardápio de animais maiores.