PRORROGAMOS! Assine a partir de 1,50/semana

Como é distribuída a grana dos direitos autorais das músicas?

A principal forma é através do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), que faz a ponte entre o recolhimento e o pagamento dos direitos autorais. O cadastro do Ecad tem 795 mil músicas, 412 mil fonogramas (música fixada em suportes físicos, como CDs, ou virtuais, como MP3) e 214 mil titulares (quem detém os […]

Por Luiz Fujita
Atualizado em 22 fev 2024, 11h28 - Publicado em 18 abr 2011, 18h24

A principal forma é através do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), que faz a ponte entre o recolhimento e o pagamento dos direitos autorais. O cadastro do Ecad tem 795 mil músicas, 412 mil fonogramas (música fixada em suportes físicos, como CDs, ou virtuais, como MP3) e 214 mil titulares (quem detém os direitos). Pela lei, uma música só pode ser usada sem pagamento de direitos se o titular autorizar ou se a obra for de domínio público – cujo autor tenha morrido há mais de 70 anos. Para algumas obras, há valores diferenciados, dependendo da época do ano: é mais caro usar “Mamãe, Eu Quero” no Carnaval, por exemplo.

Toma lá, dá cá

Para receber direitos autorais, artistas dependem da honestidade de quem toca suas músicas

1. A princípio, quem tem o direito autoral sobre uma música é o compositor. No caso de haver mais de um compositor (um da letra e outro da melodia, por exemplo), eles mesmos definem qual a porcentagem que cada um irá receber. Se quiser, o autor pode vender os direitos à gravadora, e ela passa a ser a titular da obra

2. O compositor pode ir atrás dos seus direitos autorais sozinho, mas a maioria deles se filia a alguma das dez associações ligadas à defesa da propriedade intelectual. Essas associações, por sua vez, administram o Ecad. As entidades listam todas as músicas daquele titular e repassam ao Ecad, que vai atualizando o repertório

Continua após a publicidade

3. Os direitos são pagos pelo usuário, aquele que usa música publicamente, como bares e shoppings. Os estabelecimentos preenchem um formulário informando se a música é ao vivo, renda, público etc. O usuário envia a papelada ao Ecad, que depende da honestidade alheia – há apenas 730 fiscais para cobrir o país todo

4. O Ecad faz o cálculo de quanto irá custar o direito autoral, levando em conta critérios como o tamanho do local e do público e a relevância da música para o usuário (para um bar, o som é mais importante que para uma loja). Para usar uma música ao vivo em uma área de 100 m2, o usuário teria de pagar cerca de R$ 410, por exemplo

5. O usuário então paga o valor total ao Ecad. Dessa grana, 18% ficam com o órgão e 7% com a associação – os 75% restantes vão para o titular. No exemplo anterior, de um lugar de 100 m2, R$ 73,80 iriam para o Ecad, R$ 28,70 para a associação e R$ 307,50 para o titular. Em 2007, 68,2 mil titulares levaram R$ 250 milhões em direitos

Continua após a publicidade
Som na caixa
Continua após a publicidade

Como a grana é dividida quando o show não é ao vivo

Liberta, DJ!

Quando o usuário toca o CD do artista – como um DJ em uma festa -, a grana fica entre o autor (2/3) e os envolvidos na gravação (1/3). Dentro desse terço, intérpretes e produtores recebem 41,7% cada, e músicos, 16,6%

Te ouvi na TV

As emissoras de rádio enviam ao Ecad planilhas com uma amostragem de quantas vezes cada música foi executada, e o órgão faz as contas. Já na TV, a contagem é mais precisa, pois o uso de canções em novelas, por exemplo, costuma ser programado

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.