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Como foi o roubo ao Museu de Belas Artes de Estocolmo, na Suécia?

Foi uma ação bem coordenada que incluiu uma incrível fuga de lancha. No total, levaram US$ 42 milhões em obras de arte

Por Diego Meneghetti
Atualizado em 22 fev 2024, 10h25 - Publicado em 7 jun 2016, 18h55
ESTOCOLMO

ILUSTRA Filipe Campoi

Esta matéria faz parte da reportagem OS ROUBOS DE MUSEU MAIS INCRÍVEIS DA HISTÓRIA. Confira as outras:

– Como foi o roubo ao Masp, no Brasil, em 2007?

– Como foi o roubo ao Museu Isabella Stewart Gardner, em Boston, EUA?

FUGA HOLLYWOODIANA

Crime bem planejado na Suécia envolveu carros em chamas, metralhadoras e lanchas

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1) 22 de dezembro de 2000, 16h45

O Museu Nacional de Belas-Artes da Suécia fica na ponta de uma península, quase todo cercado pelo Mar Báltico. Para isolá-lo ainda mais, os bandidos bloquearam ruas próximas, estacionando carros em chamas em frente aos hotéis Radisson Blu e Grand. Depois, espalharam grampos (para furar pneus) em outros pontos das vias

2) 17h15

De maneira nada sutil, três homens com máscara de esqui e metralhadora entraram no museu pela porta da frente. Renderam os seguranças e os visitantes que ainda estavam por lá e mandaram todos deitarem no chão. Enquanto um dos criminosos permaneceu de guarda na entrada do prédio, os outros dois se deslocaram rapidamente para o 2º andar

+ Qual a diferença entre roubo, furto e assalto?

+ Como foi o maior assalto realizado no Brasil?

3) 17h20

Na época, a instituição não contava com muitos dispositivos de segurança. Uma das peças mais valiosas do acervo, um autorretrato de Rembrandt, estava preso à parede apenas por um fio de arame. O ladrão só precisou de um alicate para roubar o pequenino quadro de US$ 36 milhões. Enquanto isso, seu comparsa retirava duas obras de Renoir de outra sala

4) 17h45

Em menos de meia hora, o trio finalizou o ataque, saiu do museu e embarcou numa lancha na lateral do prédio, onde um cúmplice os esperava. A fuga em alta velocidade percorreu diversos canais da cidade (o trajeto foi reconstituído posteriormente por testemunhas). Eles largaram o veículo em um píer numa pequena bacia a poucos quilômetros do Belas-Artes

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+ O que foi o “assalto ao trem pagador”, na Inglaterra?

+ Top 10: As obras de arte mais nojentas do mundo

5) 6 de abril de 2001

A gangue sumiu sem deixar pistas. Mas, às vezes, a sorte ajuda. Quase quatro meses depois, uma operação da polícia de narcóticos da Suécia encontrou, sem querer, o quadro Conversa com o Jardineiro. Três criminosos estavam de posse da tela. Desdobramentos da ação renderam a condenação de oito criminosos a seis anos e meio de prisão cada um

6) Março de 2005

A segunda tela de Renoir foi recuperada quatro anos depois, do outro lado do mundo. Estava com uma quadrilha em Los Angeles. Seis meses depois, a investigação policial levou o FBI de volta à Europa, onde um agente disfarçado recuperou o autorretrato de Rembrandt em Copenhague, na Dinamarca, durante uma negociação de compra armada pela polícia. Quatro pessoas foram presas

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FONTESJornaisFolha de S.Paulo,O Globo,O Estado de S. Paulo,The New York Times,The Boston GlobeeThe Guardian; sitesFBI,BBC,ArtLoss,Codart; e livroCrimes of the Art World, de Thomas D. Bazley

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