Por meio de perturbações que o músico faz com as cordas em um campo magnético. Essas interferências são captadas e transformadas em som. A sonoridade do instrumento mais popular entre os roqueiros não depende apenas das características dele, mas também do modo como o guitarrista configura e aciona suas partes e seus acessórios. A primeira guitarra elétrica amplificada surgiu em 1931, mas apenas em 1954 foi lançada a Fender Stratocaster, um dos modelos mais conhecidos e versáteis, reverenciado por ícones como Jimi Hendrix, Eric Clapton e David Gilmour.
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– Quem inventou a guitarra elétrica?
– Como funcionam os captadores de uma guitarra?
NA PONTA DOS DEDOS
Ao tocar nas cordas, o guitarrista gera um sinal elétrico que viaja pelos cabos e é amplificado para criar a sonzeira
ALIVIANDO A TENSÃO
Também chamada de cabeça, a mão da guitarra é onde ficam as tarraxas, que seguram as cordas e permitem regular a tensão de cada uma – essencial para a afinação. As tarraxas podem ou não ter travas – a Fender Stratocaster tem –, que impedem que as cordas afrouxem e saiam do tom
BRAÇO DE FERRO
No braço, também de madeira, ficam os trastes, que formam as casas – cada casa produz uma nota musical. Esta parte é projetada para suportar a curvatura causada pela pressão das cordas esticadas. Para impedir que a guitarra empene, alguns modelos têm uma barra metálica atrás do braço, chamada de tensor
SEXTETO DE CORDAS
Feitas de liga metálica, as cordas são geralmente seis, mas o guitarrista pode instalar mais para aumentar o número de notas disponíveis. Para produzir o som, basta pressionar as cordas contra o braço. É possível mudar o som da corda alterando sua tensão (com a alavanca) ou seu comprimento (fazendo um acorde)
SOM NA CAIXA
O amplificador recebe o sinal elétrico e o libera em um alto-falante para que o som se torne audível. O cabeçote – que pode ou não estar integrado ao alto-falante – permite ajustar o volume, os agudos e os graves. Além disso, há controles para a aplicação de efeitos como reverb e tremolo
CORPO FECHADO
As guitarras geralmente têm corpo maciço de madeira. É que, diferentemente do violão, ela não depende de um corpo oco para produzir o som. As guitarras semiacústicas, muito usadas no jazz e no blues, por sua vez, têm corpo oco para aproveitar a ressonância das cordas no ar que ocupa a cavidade
MELODIA MAGNÉTICA
Os captadores são ímãs envolvidos por uma bobina que geram um campo magnético. Quando a corda vibra, produz uma perturbação que é transmitida como sinal elétrico pelo cabo. Há captadores de uma bobina só, como o single coil, e os de duas bobinas, como o humbucker, que não apresenta o zumbido do single coil
ALAVANCA PARA O SUCESSO
A alavanca é um acessório que altera a tensão aplicada sobre as cordas, mudando o timbre do som. Para acioná-la, a ponte, onde as cordas ficam presas ao corpo, tem que ser do tipo móvel, também conhecido como flutuante. Com a ponte fixa, não é possível alterar a tensão
PÉ NA TÁBUA
O sinal elétrico da guitarra pode passar pelo pedal antes de entrar no amplificador. Quando é acionada, esta peça produz alterações na onda de som. Há vários tipos de pedal, com efeitos diferentes. A distorção, muito comum, pode ser ouvida em “Smells Like Teen Spirit”, do Nirvana, nos refrões (começando em 1:06)
– A madeira utilizada ajuda na sustentação da nota. Algumas favorecem os graves, como o mogno, e outras os agudos, como o maple
– A Fender Stratocaster é famosa pelo som de “quack”, obtido com a chave seletora nas posições 2 ou 4
– A chave seletora serve para escolher quais captadores serão usados
– É possível tocar guitarra com os dedos, mas as palhetas produzem um som mais limpo
– O braço pode ser acoplado ao corpo com parafusos ou encaixado com cola