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Como gerar energia a partir das ondas do mar?

Existem dois métodos para isso, e um deles é criação brasileira

Por Viviane Palladino
Atualizado em 22 fev 2024, 11h22 - Publicado em 18 abr 2011, 18h35

Existem duas formas: o princípio mais tradicional, usado em alguns países da Europa, no Japão e na Austrália, é uma espécie de caixa de concreto semi-submersa no oceano. Nesse tipo de usina, que lembra um grande copo de cabeça para baixo, as ondas criam um fluxo de ar que faz uma turbina girar. O outro princípio, ainda em fase de testes, é uma criação brasileira. Na invenção nacional, as oscilações do mar movimentam bombas hidráulicas, impulsionando a água de um reservatório também para girar uma turbina. Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) planejam inaugurar ainda neste ano os primeiros módulos de uma usina desse tipo no Porto de Pecém, no Ceará. “Nessa região, as ondas são mais regulares, facilitando a geração de energia”, diz o engenheiro Eliab Ricarte, da UFRJ. Se a experiência funcionar, o mar de nossa costa pode gerar cerca de 30 gigawatts, 10% da demanda de energia do país.

Força brasileira
Usina nacional aproveita a ondulação para simular efeito de uma cachoeira1. Esse método usa o sobe-e-desce das ondas para gerar energia. Tudo começa quando a seqüência de ondas se aproxima da usina – neste caso, instalada a 3 km da costa. Nessa hora, a ondulação mexe com os flutuadores, cascos de aço que acompanham o movimento das ondas2. O movimento dos flutuadores inicia uma reação em cadeia. Primeiro, eles impulsionam braços mecânicos. Esses braços, por sua vez, acionam bombas hidráulicas, que sugam a água de um reservatório para rodar a turbina que irá gerar energia3. Com a sucção das bombas hidráulicas, a água do reservatório é bombeada com alta pressão por um sistema de tubos, até chegar à câmara hiperbárica

4. A câmara nada mais é que um tanque que retém a água bombeada por alguns segundos. Essa simples retenção faz a pressão da água aumentar. Na extremidade da câmara, a água pressurizada sai por um pequeno buraco e libera um jato com força equivalente à de uma cachoeira com 500 m de altura!

5. O jato pressurizado faz girar uma turbina, gerando energia mecânica. Em seguida, essa energia aciona um gerador, onde ela é convertida em eletricidade. Na versão final da usina que será instalada no Brasil, a energia elétrica produzida será suficiente para abastecer 200 casas

Força gringa
Usina européia usa as ondas para gerar um sopro de ar1. Nesse sistema, as ondas do mar criam uma espécie de “sopro” para gerar energia. Quando a água entra no fundo da câmara de concreto (na hora da crista da onda), o ar existente dentro da usina é comprimido – é como se ele fosse “empurrado” para cima2. No topo da usina, esse ar “empurrado” encontra uma turbina e a faz girar como um cata-vento. A turbina fica acoplada a um gerador, que converte a energia mecânica do giro em eletricidade3. Quando o nível da água abaixa (ou seja, na hora da base da onda), o volume de ar na câmara se expande – é como se ele fosse “sugado” para baixo. Novamente, esse movimento do ar faz a turbina girar – e o gerador converte esse giro em eletricidade

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